TVs pagas perdem 625 mil assinantes em 12 meses
Por Angelo Pavini, da Arena do Pavini — O mercado de TV paga no Brasil registrou 17,83 milhões de assinaturas em julho de 2018 de acordo com números divulgados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), redução de 625 mil contratos em 12 meses (-3,39%). Na comparação com junho de 2018, a diminuição foi de 91 mil contratos (-0,51%). A queda reflete a crise econômica e o esforço das famílias em ajustar o orçamento, cortando despesas não essenciais, como lazer.
Claro tem metade dos assinantes
No mês de julho de 2018, a Claro com 8,92 milhões de contratos respondeu por metade do mercado de TV por Assinatura no país (50,04%), seguida da Sky com 5,2 milhões (29,19%), da Vivo com 1,62 milhão (9,06%) e da Oi com 1,57 milhão (8,78%). Os grupos Algar Telecom, Cabo e NossaTV detinham juntos 1% do mercado.
Apenas a Oi apresentou crescimento nos últimos 12 meses, mais 135 mil assinaturas (+9,44%). Na comparação entre julho de 2018 e o mês anterior, a Oi teve um aumento de mais 9 mil assinaturas (+0,59%); a Vivo, mais 2 mil (+0,11%) e a Sky, mais 4 mil (+0,08%).
Maioria recebe dados por satélite
Em julho deste ano, mais da metade dos assinantes de TV no Brasil receberam a programação por satélite, 9,72 milhões (54,53%); por cabo foram 7,52 milhões (42,18%) e por fibra ótica 585 mil (3,28%). Em 12 meses, apenas a participação dos acessos por fibra ótica cresceu, foram mais 241 mil contratos (69,82%). O mesmo acontece na comparação entre julho de 2018 e o mês anterior, mais 16 mil assinantes por fibra (+2,78%).
Estados e Distrito Federal
Os cinco maiores mercados de TV por Assinatura estão nas Regiões Sudeste e Sul do país. Em julho de 2018, São Paulo registrou 6,69 milhões (37,51%), seguido do Rio de Janeiro com 2,41 milhões (13,52%), de Minas Gerais com 1,56 milhão (8,76%), do Rio Grande do Sul com 1,25 milhão (7,00%) e do Paraná com 830 mil (4,65%).
Nos últimos 12 meses, os maiores crescimentos da TV por Assinatura ocorreram no Ceará, mais 16 mil assinaturas de TV paga (+4,37%), no Piauí, mais 3 mil (+3,74%), no Amazonas, mais 10 mil (+3,44%), no Pará, mais 9 mil (+2,74%) e no Mato Grosso do Sul, mais 4 mil (+2,21%).