Internacional

Turquia reduz taxa de juros em 1 ponto percentual devido ao coronavírus

22 abr 2020, 10:35 - atualizado em 22 abr 2020, 10:35
BC Turquia
O Banco Central da Turquia disse que as consequências do surto começaram a afetar o comércio, o turismo e a demanda doméstica (Imagem: Reuters/Umit Bektas)

O banco central da Turquia reduziu nesta quarta-feira sua taxa de juros em 1 ponto percentual, para 8,75%, em uma medida acima do esperado na tentativa de continuar estimulando a economia e mitigar as consequências da pandemia do novo coronavírus.

O banco reduziu a taxa referencial de recompra de uma semana de 9,75%, marcando o oitavo corte consecutivo em um ciclo de afrouxamento agressivo.

Em uma pesquisa da Reuters com 18 economistas, a estimativa era de um corte de 0,50 ponto percentual, com as previsões variando entre nenhuma mudança e um corte de 1 ponto.

Em um comunicado, o banco disse que as consequências do surto começaram a afetar o comércio, o turismo e a demanda doméstica, por isso era “crucial” que a política monetária assegurasse que os mercados estivessem funcionando e o crédito fluindo.

Ele afirmou que a medida também se justifica porque a queda nos preços globais de energia está diminuindo as expectativas de inflação na Turquia, um grande importador de petróleo.

“Apesar da recente desvalorização da lira turca devido aos acontecimentos globais, (uma) queda acentuada nos preços internacionais de commodities, especialmente os preços do petróleo e do metal, afeta (as) perspectivas da inflação de forma favorável”, afirmou. “Os riscos da projeção de inflação para o final do ano são negativos.”

Turquia
Durante uma crise cambial em 2018, a inflação atingiu uma máxima de 15 anos acima de 25% (Imagem: Pixabay/hkama)

A última previsão do banco central era de que a inflação cairia para 8,2% até o final do ano.

A lira atingiu seu nível mais fraco desde agosto de 2018, no auge da crise cambial da Turquia, atingindo 6,999 liras por dólar, ou cerca de 0,25% mais fraca no dia.

Durante uma crise cambial em 2018, a inflação atingiu uma máxima de 15 anos acima de 25%. Desde então ela recuou e ficou em 11,86% em março.

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