Turbulência gera previsões cada vez piores para S&P 500
Semana após semana de cálculos em tempo real sobre a intensidade da inflação e a probabilidade de uma recessão têm impedido o mercado acionário americano de encontrar um equilíbrio. A turbulência gera previsões cada vez piores para quando e em qual patamar a volatilidade cessará.
Na terça-feira, depois de afundar mais de 2% no início da sessão, o S&P 500 apagou seu declínio para obter um pequeno ganho.
Foi a quarta vez em 2022 que o índice reverteu uma queda intradiária dessa magnitude, mais do que em qualquer ano desde 2009.
Ações especulativas de tecnologia lideraram a recuperação, com alta de 9% do ARK Innovation ETF, em meio à busca por pechinchas no setor e rendimentos mais baixos de títulos do Tesouro americano.
Enquanto isso, uma pesquisa do Deutsche Bank mostrou que 72% dos entrevistados esperam que o S&P 500 caia para 3.300 primeiro, em vez de subir para 4.500. O indicador fechou em 3.831,39 na terça-feira.
Jonathan Golub do Credit Suisse acaba de se tornar o mais recente estrategista de Wall Street a rebaixar sua perspectiva de mercado.
A história está do lado dos pessimistas. A Strategas Securities comparou os indicadores econômicos e de mercado atuais com os ciclos de baixa do passado ao longo de nove décadas e não encontrou praticamente nenhuma razão para acreditar que a liquidação acabou.
“Depois de examinar os dados, seria difícil afirmar com confiança que já atingimos o fundo do mercado de baixa”, disseram os estrategistas da empresa, incluindo Jason Trennert, em uma nota.
As ações dos EUA perderam até US$ 15 trilhões em valor desde seu pico recente, com o Federal Reserve em sua campanha de aperto monetário mais agressiva em décadas para conter a inflação.
O aumento de juros levou os investidores a reavaliar as ações, levando a uma das contrações mais rápidas nas métricas de preços da história.
A correção do S&P 500 é algo que Golub levou em conta ao reduzir sua previsão de fim de ano de 4.900 para 4.300 pontos. Mesmo assim, ele prevê que o mercado se recupere no segundo semestre, à medida que a economia evita uma recessão.
Outros são menos otimistas. Na pesquisa do Deutsche Bank, 90% dos entrevistados previram uma recessão até o final de 2023 e 20% esperam uma já este ano, contra 37% e 2%, respectivamente, em janeiro.
Siga o Money Times no Linkedin!
Fique bem informado, poste e interaja com o Money times no Linkedin. Além de ficar por dentro das principais notícias, você tem conteúdo exclusivo sobre carreira, participa de enquetes, entende sobre o mercado e como estar à frente no seu trabalho. Mas não é só isso: você abre novas conexões e encontra pessoas que são uma boa adição ao seu network. Não importa sua profissão, siga o Money Times no Linkedin!