Turbinada por vendas, ação da Boa Safra é reiterada por analistas
Para quem não está habituado com o universo agro, é importante ter em mente que no agronegócio um trimestre sozinho não conta a história completa do resultado da empresa e, no caso, a Boa Safra Sementes (SOJA3) viu seu lucro líquido decolar 84% no segundo trimestre deste ano.
Outros indicadores financeiros importantes também saltaram em um ano e vieram em linha com as expectativas da XP Investimentos, entre eles:
i) receita líquida — R$ 592 milhões — alta anual de 38% e 5% inferior ao esperado pela corretora; e
ii) Ebitda (lucro antes de impostos, amortização e depreciação) — R$ 106 milhões — alta anual de 46% e 3% superior ao projetado pelos analistas.
“Uma tendência de alta constante no preço das commodities manteve os custos da empresa pressionados, no entanto, devido a contratos firmados com produtores integrados antecipadamente, há um ajuste positivo no valor justo de sua matéria-prima (principalmente soja) de R$ 41 milhões no 1° semestre”, explicam os especialistas Leonardo Alencar e Larissa Pérez.
Um dos principais termômetros para o otimismo da XP, segundo apurou o Agro Times, é o valor de vendas registradas (KPI, que ainda não foram faturadas) pela Boa Safra, atualmente em R$ 546 milhões, crescimento de 188% em relação ao 2° trimestre de 2020.
Historicamente, 90% da receita deve ser proveniente de revendas agrícolas, um ponto favorável na tese de maior capilaridade comercial da Boa Safra, conclui a corretora.
Veja a seguir a recomendação da XP Investimentos:
Empresa | Código | Recomendação | Preço-alvo (R$) |
---|---|---|---|
Boa Safra | SOJA3 | Compra | 18 |
No dia de estreia da Boa Safra na Bolsa brasileira, no final de abril deste ano, as ações da companhia com presença em 70% do território nacional disparam mais de 40%.