Tudo dentro do (a)normal: conflito no Oriente Médio, balanços do 1T24 nos EUA, prévia do PIB do Brasil e outros destaques nos mercados hoje
Leitoras e leitores do Seu Dinheiro,
Os investidores encerraram a última sexta-feira (12) com preocupações envolvendo uma escalada do conflito no Oriente Médio.
Na própria sexta-feira, os mercados foram penalizados com a expectativa de um ataque de retaliação do Irã contra Israel, o que poderia dar início a uma nova rodada de conflitos na região.
A queda de mais de 1% nas bolsas de Nova York, a disparada do dólar contra seus pares internacionais e a forte valorização do petróleo preparavam o mundo para o pior.
No sábado seguinte, mais de 300 projéteis militares e drones foram enviados do Irã para Israel. A maior parte foi interceptada antes de causar maiores danos, mas o país de Benjamin Netanyahu prometeu uma retaliação.
Contudo, a reunião emergencial do G7 na noite do último domingo mostrou que o mundo — isto é, os Estados Unidos e mesmo seus opositores no campo geopolítico — não tem interesse em uma nova guerra na região.
As negociações dentro do tom moderado aliviaram as preocupações e abriram espaço para um queda no preço do barril do petróleo, alívio no preço do ouro — outro ativo de segurança — e uma queda do preço do dólar contra outras moedas fortes.
É claro: o mundo segue com os olhares voltados para o conflito e qualquer mudança no tom moderado pode fazer a panela de pressão explodir.
Com a ausência de maiores novidades sobre a guerra, os investidores voltam suas atenções para o campo dos indicadores. A temporada de balanços nos EUA ganha tração, enquanto os investidores locais miram na apresentação da meta fiscal para 2025.
O que você precisa saber hoje
NO ORIENTE MÉDIO
Noite de terror: veja o que aconteceu nas últimas 24h entre Irã e Israel e como a escalada do conflito afeta o mundo. O movimento é uma reação após um suposto ataque à embaixada iraniana em Damasco, que deixou um general e seis oficiais mortos.
MORDIDA DO LEÃO
O risco do Tesouro Direto que não te contaram (spoiler: tem a ver com inflação e imposto de renda). O imposto sobre o Tesouro IPCA+ ocorre não só sobre o retorno real do título, mas também sobre a variação da inflação; e isso tem implicações para o investidor.
ANOTE NO CALENDÁRIO
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil e balanços nos EUA são destaque junto com Livro Bege nos próximos dias. As reuniões do FMI ao longo da semana permanecem no radar, com discussões focadas na estabilidade financeira global.
PRESIDENTE HERMANO
Javier Milei terá semana decisiva: ministro negocia US$ 15 bilhões com FMI e vice tenta passar “pacotão” para destravar Argentina. Para atingir seus objetivos ultraliberais, o presidente conta com a ajuda do ministro da Economia, Luis Caputo, e de Victoria Villarruel, vice-presidente do país.
TOUROS E URSOS
O enigma da Petrobras (PETR4): entre dividendos e “risco Lula”, vale a pena ter ações da estatal? Ruído da intervenção do governo impede a Petrobras de negociar no patamar de companhias como Chevron e Exxon, segundo o analista da Empiricus, Ruy Hungria.
Um forte abraço e boa semana!