Política

TSE pede ao Supremo informações de inquérito sobre fake news para investigações de eleição de 2018

04 ago 2021, 13:44 - atualizado em 04 ago 2021, 13:44
Jair Bolsonaro
Esta semana, o TSE abriu ainda outra investigação contra Bolsonaro. Dessa vez, para investigar a divulgação de notícias falsas pelo presidente (Imagem: Flickr/Alan Santos/PR)

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Felipe Salomão, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, o compartilhamento de provas que constam de inquéritos que investigam o financiamento de notícias falsas e atos antidemocráticos e tenham relação com prejuízos causados na campanha das eleições de 2018.

No ofício, o ministro afirma que os fatos investigados pelo Supremo podem ter relação com duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aijes) em curso no Tribunal e que investigam a chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, por abuso de poder político e econômico durante a última campanha para a Presidência da República.

Um dos inquéritos a que Salomão se refere foi aberto em julho por Moraes, na sequência do inquérito de atos antidemocráticos, para manter a investigação da organização e o funcionamento de grupos digitais, com envolvimento de deputados e aliados do Bolsonaro, depois que a Procuradoria-Geral da República pediu o arquivamento da investigação original, o inquérito sobre atos antidemocráticos.

Uma primeira parte das investigações já havia sido encaminhada por Moraes ao TSE a pedido do corregedor-anterior, Og Fernandes.

“Renovo não só o pedido de informações, como também o de compartilhamento de provas eventualmente produzidas que possam vir a interessar a solução das lides postas nos autos”, diz o ofício.

Esta semana, o TSE abriu ainda outra investigação contra Bolsonaro. Dessa vez, para investigar a divulgação de notícias falsas pelo presidente em ataques ao sistema eleitoral brasileiro e às urnas eletrônicas.

Ao mesmo tempo, o TSE enviou notícia-crime ao STF para incluir as falas de Bolsonaro no inquérito das fake news.