Política

TSE inicia julgamento de ações que querem cassar chapa Bolsonaro-Mourão

26 out 2021, 19:42 - atualizado em 26 out 2021, 19:42
Jair Bolsonaro, Mourão
Os processos foram movidos pela chapa derrotada nas eleições encabeçada pelo PT que querem cassar o presidente e o vice por abuso de poder (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou na noite desta terça-feira o julgamento de duas ações contra a chapa presidencial vitoriosa, formada por Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, por disparo massivo de mensagens em redes sociais na disputa e uso fraudulento de documentos de idosos para realizar essas iniciativas.

Os processos foram movidos pela chapa derrotada nas eleições encabeçada pelo PT que querem cassar o presidente e o vice por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. Se isso ocorrer, eles podem perder seus mandatos e ficar inelegíveis para a disputa de 2022.

Uma das ações tem como base reportagem da Folha de S.Paulo que aponta que os acusados teriam contratado empresas de disparo de mensagens em massa com um pacote de postagens contra a chapa adversária formada por Fernando Haddad (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) na disputa de 2018, com uso de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários.

Na outra, com pedido semelhante à anterior, a chapa derrotada citou ao TSE o uso de robôs na campanha, com a suposta contratação de empresas que teriam sido envolvidas diretamente com a campanha de Bolsonaro.

Não há certeza se o julgamento vai ser encerrado nesta terça ou se vai demorar mais, uma vez que o relator, Luís Felipe Salomão, deve apresentar o relatório resumo da instrução dos processos a Procuradoria-Geral Eleitoral e as partes devem se manifestar antes da apreciação do caso propriamente dita.

Segundo fontes do TSE, a expectativa é que as ações sejam rejeitadas pela tribunal. Uma das fontes avalia que a instrução processual, requerida pelo Ministério Público e pelo PT, não conseguiu comprovar as alegações feitas. “Foi uma instrução fraca e sem provas”, resumiu essa fonte.