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Trump pressiona empresas dos EUA a fecharem operações na China

23 ago 2019, 13:43 - atualizado em 23 ago 2019, 13:43
Donald Trump
Trump não pode legalmente obrigar as empresas norte-americanas a abandonar a China imediatamente e não deu detalhes sobre como poderia prosseguir com tal pedido (Imagem: Bloomberg)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que está ordenando que as empresas norte-americanas busquem formas de fechar suas operações na China e produzir mais de suas mercadorias nos EUA, um ataque retórico a Pequim após intensificação das tensões comerciais.

Trump não pode legalmente obrigar as empresas norte-americanas a abandonar a China imediatamente e não deu detalhes sobre como poderia prosseguir com tal pedido, embora tenha dito que oferecerá uma resposta mais tarde nesta sexta-feira a tarifas sobre produtos americanos anunciadas pela China no início do dia. [nL2N25J0GN]

O dólar subia acentuadamente em relação ao iuan chinês, os mercados acionários dos EUA caíam e os preços do petróleo recuavam com a última investida de Trump contra a China. [nL2N25J0ZT] [nL2N25J0ZY]

“Nossas grandes empresas norte-americanas estão ordenadas a começar imediatamente a procurar uma alternativa à China, incluindo trazer suas empresas para casa e fazer seus produtos nos EUA”, escreveu Trump no Twitter. “Nós não precisamos da China e, francamente, estaríamos muito melhor sem eles.”

Especialistas disseram que mudanças na política tributária e sanções poderiam ser usadas para restringir ou reduzir a atividade comercial dos EUA na China, mas levaria anos para desconectar as duas maiores economias do mundo. As consequências de uma ruptura completa para a economia mundial seriam severas, disseram eles.

Muitas empresas norte-americanas já começaram a transferir algumas operações para fora da China devido ao aumento dos custos trabalhistas. Mas outras, incluindo a General Motors, têm fábricas grandes que abastecem o mercado chinês. Eles resistiriam a qualquer pressão para fechar suas instalações, dada a dimensão e a importância do mercado chinês, disse Bill Reinsch, ex-autoridade sênior do Departamento de Comércio dos EUA.