Trump endossa candidatura de Bolsonaro para reeleição no Brasil

O ex-presidente americano Donald Trump expressou seu apoio a seu protegido Jair Bolsonaro, endossando oficialmente a candidatura estagnada do líder brasileiro por mais um mandato de quatro anos.

“‘Trump Tropical’, como é carinhosamente chamado, fez um ÓTIMO trabalho pelo povo maravilhoso do Brasil”, escreveu Trump em seu site de mídia social, Truth Social. “Quando eu era presidente dos EUA, não havia outro líder de país que me ligasse mais do que Jair.”

Ex-congressista e ex-capitão do Exército, Bolsonaro abalou o establishment político do Brasil em 2018, conquistando a presidência em uma candidatura que foi inicialmente considerada improvável. Boca suja e esperto nas mídias sociais, o populista de direita modelou sua imagem à de Trump e conquistou eleitores com a promessa de erradicar a corrupção e ser duro contra o crime.

Na disputa atual, o titular está atrás de seu rival de esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em todas as principais pesquisas de opinião. Muitos brasileiros ficaram cansados da retórica belicosa, e os preços crescentes de bens básicos como alimentos levantaram dúvidas sobre a capacidade de Bolsonaro de administrar a maior economia da América Latina.

O primeiro turno da eleição ocorre em 2 de outubro.

Os EUA têm uma política de não escolher lado nas eleições de outras nações, dizendo que os votos devem refletir o desejo de suas populações. Mas presidentes quebraram essa tradição várias vezes, como quando Barack Obama expressou sua oposição ao Brexit antes da votação e Bill Clinton expressou apoio a Boris Yeltsin na reeleição em 1996.

“O Presidente Bolsonaro ama o Brasil acima de tudo”, escreveu Trump. “Ele é um homem maravilhoso e tem meu Apoio Completo & Total!!!”

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Tanto a oposição no Brasil quanto aliados internacionais temem que Bolsonaro vá mais longe em seguir Trump e conteste os resultados das eleições. Nos últimos meses, Bolsonaro intensificou as falsas alegações de que é provável que o sistema de votação eletrônica do país seja fraudado.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean Pierre, disse a repórteres ontem que os EUA monitorarão as eleições do Brasil “com plena expectativa de que serão conduzidas de maneira livre, justa e fidedigna, com todas as instituições relevantes operando de acordo com seu papel constitucional”.

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