Trump eleito e Gerdau (GGBR4) beneficiada: veja por que comprar, segundo BTG Pactual
Donald Trump voltou à Casa Branca e a Gerdau (GGBR4) pode se beneficiar com isso, avaliam analistas do BTG Pactual, uma vez que a companhia se destaca como uma das principais apostas de Trump nos Estados Unidos.
Nesta quarta-feira (06), a apuração das votações mostrou que o candidato republicado conquistou o estado de Wisconsin, somando 277 delegados e superou o total de 270 votos necessários para ser eleito. Com isso, vence a candidata democrata Kamala Harris e deve retomar por mais quatro anos a presidência dos EUA.
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Os analistas do BTG colocam que, independente de qual fosse o resultado, é fato que a Gerdau já se posiciona como superior no setor de siderurgia, destacando que os resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) mostram isso.
Ainda, pontua que o Brasil apresenta desempenho acima das expectativas, com margens de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 17% e com resultados “impressionantes” dos esforços de corte de custos, além de continuidade de uma forte geração de fluxo de caixa livre.
Para o BTG, ainda que não se saiba exatamente o que esse novo mandato de Trump trará, a história mostra apoio ao setor siderúrgico. Em seu primeiro mandato, recordam a contribuição para empurrar as margens Ebitda da Gerdau nos Estados Unidos de “níveis medíocres” de 7-10% para 20%.
“Olhando para o futuro, podemos ver tarifas ainda mais altas, uma indústria dos EUA mais forte (Buy American), importações indiretas de aço reduzidas, impostos potencialmente mais baixos e um real mais fraco. Todos positivos para os negócios da Gerdau nos EUA, agora a maior parte de seu Ebitda”, avaliam.
Os analistas também apontam como interessante a recente liquidação da Gerdau devido às preocupações com a normalização do spread de metais nos EUA observada no segundo semestre de 2024, o que avaliam como temporário.
Por fim, pontuam que as ações da Gerdau são negociadas bem abaixo dos pares dos EUA (6-8x EBITDA), a menos de 4x EBITDA 25. O banco tem recomendação de compra para GGBR4, sendo a principal escolha no setor siderúrgico.
3T24 da Gerdau
A companhia apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 1,43 bilhão no terceiro trimestre de 2024 (3T24), uma queda de 10% em comparação ao mesmo período do ano passado. No entanto, o desempenho ficou em linha com o R$ 1,4 bilhão esperado pelo mercado, de acordo com consenso reunido pela Bloomberg.
A receita líquida da empresa apresentou uma redução de 1,8%, totalizando R$ 17,38 bilhões. No acumulado dos primeiros nove meses de 2024, a receita líquida foi de R$ 50,2 bilhões, uma queda de 7,4% na base anual.
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O Ebitda ajustado recuou 10% em relação ao ano anterior, somando R$ 3,02 bilhões, com queda da margem Ebitda, de 19,6% no 3T23 para 17,4% no 3T24. No acumulado de 2024, a margem Ebitda ficou em 16,8%, abaixo dos 21,1% registrados nos nove primeiros meses de 2023.
Em relação ao lucro por ação, a Gerdau registrou R$ 0,64 no 3T24, o que representa uma queda de 14,7% na base anual. No acumulado do ano, o valor por ação ficou em R$ 2,02, uma queda significativa de 38,8% em comparação aos primeiros nove meses de 2023.
As vendas de aço, por sua vez, apresentaram uma leve alta de 2,7% no comparativo anual, totalizando 2,83 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2024. No acumulado do ano, porém, as vendas caíram 4,6%, somando 8,27 milhões de toneladas.
O índice de dívida líquida em relação ao Ebitda ajustado permaneceu próximo ao observado no ano anterior, com uma leve melhora, passando de 0,34x no 3T23 para 0,32x no 3T24, ainda de acordo com a companhia.