Trump diz que jornalista saudita pode ter sido morto por assassinos particulares
Aumenta a pressão sobre o governo da Arábia Saudita para que colabore nas investigações sobre o desaparecimento do jornalista Jamal Kashoggi. Nesta segunda, a polícia turca fez uma busca no Consulado da Arábia Saudita em Istambul. Foi entrando nele que o jornalista foi visto pela última vez.
Há informações de que oficiais turcos teriam uma gravação em áudio que indica que o jornalista foi morto dentro do consulado. A Arábia Saudita nega que tenha matado o jornalista, crítico do seu governo. O país diz que Kashoggi deixou o prédio logo depois que entrou.
Nesta segunda, o presidente Donald Trump falou com o rei saudita ao telefone. Depois, em conversa com jornalistas, disse que Jamal pode ter sido morto por assassinos particulares. Trump também anunciou que enviou seu secretário de estado, Mike Pompeo, em visita à Arábia Saudita para cuidar do caso.
Nesta segunda, a União Europeia pediu mais transparência dos sauditas nas investigações. E o governo do país árabe já está sofrendo com as acusações. O bilionário britânico Richard Branson anunciou que está suspendendo discussões sobre planos de investimento de mais de um bilhão de dólares dos sauditas na sua companhia, a Virgin.
Outro impacto para os sauditas será sobre um evento organizado pelo príncipe Mohammed Bin Salman. A conferência, apelidada de Davos no deserto, deveria mostrar uma Arábia Saudita moderna e aberta ao mundo. Mas, desde o desaparecimento, uma série de executivos, como o chefe da Uber, e empresas de mídia, como a CNN, o Financial Times e o New York Times cancelaram sua participação.