Internacional

Trump determinará que fábricas de processamento de carnes fiquem abertas

28 abr 2020, 15:37 - atualizado em 28 abr 2020, 15:37
Donald Trump
O decreto também incluirá orientações para minimizar os riscos aos trabalhadores mais vulneráveis ao vírus, segundo a autoridade (Imagem: REUTERS/Carlos Barria)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja determinar que as unidades norte-americanas de processamento de carnes, que têm enfrentado preocupações relacionadas a surtos de coronavírus, permaneçam abertas para garantir a oferta de alimentos do país, disse uma autoridade sênior do governo.

Trump deve assinar um decreto ainda nesta terça-feira, tendo como base o Ato de Defesa da Produção, para exigir que as plantas continuem em funcionamento, afirmou a autoridade.

A ordem foi elaborada para dar às empresas, entre elas a Tyson Foods , mais proteção pela responsabilidade no caso de algum funcionário contrair o coronavírus como resultado da necessidade de ir ao trabalho.

O decreto também incluirá orientações para minimizar os riscos aos trabalhadores mais vulneráveis ao vírus, segundo a autoridade.

Mais cedo, Trump disse que seu governo estava trabalhando em conjunto com a Tyson Foods, e que o decreto abordaria preocupações sobre as responsabilidades das empresas.

“Estamos trabalhando com a Tyson… Nós vamos assinar um decreto executivo hoje, acredito, e isso vai resolver qualquer problema de responsabilidade”, disse Trump a repórteres no Salão Oval da Casa Branca.

“Estamos trabalhando com a Tyson, que é uma das maiores companhias nesse mundo. E sempre trabalhamos com os produtores. Há bastante oferta.”

A autoridade sênior do governo, falando em condição de anonimato, afirmou que se ações não fossem tomadas, a grande maioria das unidades de processamento poderia ser fechada por um período de tempo, reduzindo a capacidade de oferta de carnes dos EUA em até 80%.

“Isso é parte de nossa infraestrutura fundamental”, disse a autoridade em relação às plantas de processamento.

Membros do governo e parlamentares republicanos têm afirmado que os negócios que estão reabrindo precisam de proteção às resposabilidades, para evitar eventuais processos por funcionários que contraírem a doença.