Trump assina decreto que impõe tarifas de 25% para importações de aço e alumínio
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou, nesta segunda-feira (10), uma série de decretos que impõem tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.
A medida cancela isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, Canadá, México, Brasil e outros países, podendo aumentar o risco de uma guerra comercial em várias frentes.
Trump assinou proclamações que elevaram a taxa tarifária sobre as importações de alumínio para 25% em relação aos 10% anteriores que ele impôs em 2018 para ajudar o setor em dificuldades.
As proclamações foram extensões das tarifas de segurança nacional da Seção 232 de Trump em 2018 para proteger os fabricantes de aço e alumínio. Uma autoridade da Casa Branca disse que as isenções haviam corroído a eficácia dessas medidas.
“Precisamos criar para proteger o futuro ressurgimento da manufatura e produção dos EUA, algo que não se vê há muitas décadas”, disse Trump. Em torno de 25% do aço usado nos EUA é importado.
O Brasil é um dos países que mais deve ser afetado por essa medida, uma vez que é o segundo maior fornecedor de aço, em volume, para o mercado norte-americano. Entre novembro de 2023 e novembro de 2024, o Brasil comercializou 3,98 milhões de toneladas (16,3% do consumido no país) para os EUA. O produto brasileiro só fica atrás do Canadá, que fornece 22,6% do aço importado (5,48 milhões).
Veja os últimos anúncios de tarifas de Donald Trump
Desde que assumiu o poder, no dia 20 de janeiro, Trump já anunciou outras mudanças de tarifas sobre produtos importados pelos EUA.
No início do mês, o presidente americano anunciou uma tarifa de 25% sobre os produtos do Canadá e México. No entanto, os dois países ameaçaram uma taxação contrária e conseguiram um acordo que suspende as tarifas por 30 dias.
Já a China foi taxada em 10% e não conseguiu uma negociação. Com isso, já passaram a valer medidas retaliatórias do país asiático contra os EUA.
Além disso, o governo americano ameaçou taxar a Colômbia caso o país não recebesse os imigrantes ilegais deportados de volta para o país latino.