Internacional

Trump ameaça não sancionar projeto de alívio à Covid-19 e quer cheques maiores às pessoas

23 dez 2020, 7:44 - atualizado em 23 dez 2020, 7:44
Donald Trump
A ameaça do presidente, que tem menos de um mês até deixar o cargo, coloca em risco um esforço bipartidário no Congresso para fornecer ajuda às pessoas cujas vidas foram afetadas pela pandemia (Imagem: Facebook/Donald J. Trump)

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou na terça-feira não sancionar um projeto de alívio ao coronavírus de 892 bilhões de dólares, afirmando que ele deve ser modificado para elevar o valor dos cheques de estímulo para os norte-americanos.

As operações do governo dos EUA estão sendo financiadas de forma temporária até 28 de dezembro, aguardando 1,4 trilhão de dólares em gastos federais para o ano fiscal de 2021 que também faz parte do projeto.

A ameaça do presidente, que tem menos de um mês até deixar o cargo, coloca em risco um esforço bipartidário no Congresso para fornecer ajuda às pessoas cujas vidas foram afetadas pela pandemia.

“O projeto que eles estão planejando enviar agora para minha mesa é muito diferente do que o esperado”, disse Trump em vídeo no Twitter. “É realmente uma desgraça”.

A Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram o projeto de lei na segunda-feira à noite.

Trump disse querer que o Congresso aumente o valor dos cheques de estímulo para 2 mil dólares por pessoa ou 4 mil dólares para casais, em vez do valor “ridiculamente baixo” de 600 dólares para pessoas que está no projeto.

Trump também reclamou do dinheiro fornecido a países estrangeiros e outros gastos que fazem parte do projeto para financiar o governo dos EUA.

“Também estou pedindo ao Congresso que se livre imediatamente dos itens supérfluos e desnecessários dessa legislação, e que me envie um projeto adequado, ou o próximo governo terá que apresentar um pacote de alívio à Covid. E talvez esse governo seja eu”, disse Trump, que continua a afirmar de forma infundada que conquistou a reeleição em novembro.

Trump, que deixará o cargo em 20 de janeiro, quando o presidente eleito Joe Biden assume, não usou a palavra “veto” em seu comunicado.

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