Tropeço do Ibovespa em agosto não tira brilho da dona da Bolsa; boa exposição a um ‘Brasil melhor’, diz BBA
O tropeço do Ibovespa em agosto (recorde de 13 sessões seguidas de queda e perda acumulada de 2,90%) não afastou o Itaú BBA da ação da dona da Bolsa, a B3 (B3SA3). Na verdade, a instituição introduziu um novo preço justo para o nome, de R$ 18 ao fim de 2024, acima dos R$ 17 para 2023.
Enquanto isso, a recomendação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a “compra”) foi reiterada pelos analistas.
Exposição a um ‘Brasil melhor’
O BBA defende que a B3 oferece uma boa exposição à queda do ciclo de juros no Brasil. Uma taxa Selic menor deve influenciar positivamente o mercado de capitais primeiro antes que tenha impacto na economia e nos ciclos de crédito, afirma.
“Os bancos também estão em maior risco pela política relacionada ao crédito. Dessa forma, as receitas da B3 devem se recuperar antes e de forma mais suave que esses grandes bancos (15% a/a em 2024 vs. ~10% dos bancões)”, complementam os analistas, em relatório publicado nesta segunda-feira (29).
- A analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research, também deu sua opinião sobre o movimento recente do Ibovespa e as implicações que a correção no mês têm sobre a B3. Veja o que a especialista recomenda fazer com as ações da empresa.
No caso de tributação (Conselho de Administração de Recursos Fiscais – Carf) e riscos envolvendo o fim dos juros sobre o capital próprio (JCP), não existe um fator que difere uma empresa da outra; todas estão sujeitas ao impacto, comenta o BBA.
Um eventual fim dos JCP levaria a um declínio inicial de 10% dos números da B3, segundo a corretora. Porém, a companhia pode mitigar o risco com níveis de LPA (lucro por ação) influenciados por uma porção maior de programas de recompra de ações.
Analistas enxergam a B3 com um desconto de 30% em relação aos 13% históricos. O gap normalmente se estreita com uma trajetória de baixa dos juros no país, comentam.