Troca do comando do Banco do Brasil é ruim, não importa qual nome seja
Mais uma vez a troca de comando do Banco do Brasil (BBAS3) ganha força. Agora, Márcio Schettini, ex-diretor geral de varejo do Itaú (ITUB4), está sendo cotado como possível sucessor de André Brandão, que ocupa o cargo desde outubro do ano passado.
De acordo com informações do Valor Econômico, outros nomes como Caio Ibrahim David, ex-diretor geral de atacado do Itaú, Gustavo Montezano, presidente do BNDES e Mauro Neto, vice-presidente corporativo do BB também estão no páreo.
Para a XP Investimentos mesmo com a experiência de Schettini, a troca do atual CEO é uma sinalização negativa.
A corretora cita a ampla experiência de Brandão e suas sinalizações positivas para ganho de eficiência do Banco do Brasil.
Além disso, a troca pode ser visto como uma interferência política do governo (acionista controlador) em detrimento dos acionistas minoritários.
“Um reconhecido nome sem independência teria problemas para implementar as mudanças estruturais de que o banco precisa”, argumenta.
Não bastassem esses fatores, Brandão tem o amplo apoio dos conselheiros.
O apoio foi manifestado na reunião de terça-feira (2), em resposta aos rumores de que o presidente Jair Bolsonaro pretende substituí-lo, a exemplo do que fez com a Petrobras (PETR3; PETR4).
Para os conselheiros do BB, Brandão possui “reconhecida experiência, com mais de 20 anos como administrador de grandes instituições financeiras, elevada competência técnica e inquestionável reputação ilibada.”
Na última sexta-feira (26), o executivo manifestou a interlocutores desconforto em permanecer no cargo, de acordo com uma fonte com conhecimento do assunto. Apesar disso, o banco estatal negou que o executivo tenha pedido renúncia.
“O Banco do Brasil informa que não houve pedido de renúncia por parte de seu presidente”, afirmou a instituição financeira em fato relevante, após o fechamento do mercado.