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Troca de bônus no exterior da Petrobras envolveu confidencialidade de estruturador, diz Estadão

17 set 2019, 15:25 - atualizado em 17 set 2019, 15:25
Petrobras
Objetivo do negócio foi o prolongamento do perfil de dívidas, por meio da melhora do custo dos papéis(Imagem:Reuters/Paulo Whitaker)

Por Investing.com

A operação de troca de bônus realizada pela Petrobras no exterior, concluída na última sexta-feira, teve como exigência por parte da estatal a confidencialidade dos participantes. O objetivo do negócio foi o prolongamento do perfil de dívidas, por meio da melhora do custo desses papéis. As informações são da edição desta terça-feira da Coluna do Broad, do Estadão.

A Petrobras opera com perdas de 1,9% a R$ 27,52 depois de disparar 4,4% na segunda (16), com a subida do petróleo na esteira dos ataques à infraestrutura de produção e escoamento da commodity na Arábia Saudita.

A opção pelo sigilo foi para evitar que as informações das transações vazassem, o que poderia levar a volatilidade dos preços dos bônus enquanto os negócios eram realizados. De acordo com a publicação, assinaram o termo de confidencialidade Citi, Credit Agricole, HSBC, Mizuho, Morgan Stanley e Santander (SANB11).

A operação foi considerada bem-sucedida, com a Petrobras reduzindo o custo de sua dívida e estendendo o prazo final para pagamento em alguns anos. Além disso, a estatal realizou a emissão de novos bônus que totalizam US$ 4,1 bilhões com o prazo de 30 anos, recomprando ainda US$ 6,7 bilhões de papéis que estavam no mercado. O jornal informa que a diferença foi coberta com recursos do caixa da companhia.

Política de preços

O presidente Jair Bolsonaro e a Petrobras disseram na segunda-feira que a petroleira não planeja aumentar de imediato os preços dos combustíveis em resposta ao ataque a instalações de petróleo da Arábia Saudita, indicando que a estatal pode afrouxar temporariamente as regras de preços de mercado.

Em entrevista à TV Record, Bolsonaro disse que foi informado pelo presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, que apesar de os preços dos combustíveis estabelecidos pela empresa seguirem os valores internacionais, a recente alta do petróleo é “atípica”.

“Conversei agora há pouco com o presidente da Petrobras, Castello Branco. Ele me disse que como é algo atípico e, a princípio, tem um fim pra acabar, ele não dever mexer no preço de combustível”, disse Bolsonaro.

Pouco após a divulgação da entrevista de Bolsonaro, a Petrobras divulgou um comunicado informando que não irá ajustar os preços dos combustíveis por ora, mas que observará as condições de mercado nos próximos dias e tomará uma decisão sobre preços no momento adequado.

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