Triunfo perde negócio de R$ 169,5 milhões, com rescisão de venda de Tijoá e CSE
Após um ano e quatro meses de impasses, foi cancelada a venda da Tijoá Participações e Investimentos e da CSE Centro de Soluções Estratégicas pela Triunfo Participações (TPIS3) à BlackRock, uma das maiores empresas de private equity do mundo.
Com isso, a Triunfo perde um negócio estimado em R$ 169,5 milhões. O cancelamento do acordo foi atribuído ao não cumprimento das condições previamente acordadas para sua conclusão.
A novela da venda da Tijoá e da CSE começou em março de 2017, quando a Triunfo anunciou que iria se desfazer de quatro empresas para reequilibrar suas finanças, abaladas desde que entrou no radar da Operação Lava Jato, em novembro de 2016.
Naquela ocasião, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Triunfo, em São Paulo, e de sua controlada Econorte, concessionária de rodovias sediada em Curitiba. Na época, o Ministério Público do Paraná acusou a Econorte de depositar R$ 1 bilhão para um operador financeiro que intermediava contratos com o governo.
O contrato de venda de Tijoá e da CSE só foi assinado em agosto de 2019, com uma afiliada da BlackRock Global Energy Fund. Um ano depois, um novo contrato de venda foi anunciado.
O cancelamento do acordo potencializa a queda das ações da Triunfo nesta terça-feira (5), em que o mercado já está de mau humor. Às 12h50, seus papéis recuavam 1,77% e eram cotados a R$ 2,22. No mesmo instante, o Ibovespa recuava 1,12% para os 117.521 pontos.
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