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Trimestre termina sem novos IPOs; Hapvida e Intermédica disputam investidores

02 abr 2018, 11:00 - atualizado em 02 abr 2018, 11:01

Investing.com – O que indicava ser um primeiro trimestre com diversas companhias aproveitando o bom momento da bolsa e o período anterior às eleições para a abertura de capital na bolsa de valores, acabou frustrando as expectativas do mercado. O mercado viu, inclusive, duas companhias desistindo se seus IPOs.

O clima era de otimismo depois de um ano de 2017 forte e, com as eleições em outubro, a expectativa é que as aberturas de capital se concentrassem nos primeiros meses do ano. No começo do ano, a PagSeguro conseguiu com sucesso levantar US$ 2,3 bilhões só que na bolsa de Nova York. Por aqui, a Blau Farmacêutica e a Ri Happy adiaram suas ofertas alegando condições de mercado e preços desfavoráveis.

Soma-se a esses ao cenário o saldo negativo de recursos estrangeiros na B3, que até o dia 26 de março acumulava R$ 5,45 bilhões, o reverteu o saldo no acumulado do ano para valor negativo de R$ 134,4 milhões.

Novas tentativas

Mesmo com o cenário incerto, duas operadoras de planos de saúde devem abrir capital nps próximos dias, casos da NotreDame Intermédica e da Hapvida. Apesar da semelhança entre os negócios, elas não são vistas da mesma forma pelos investidores que avaliam a ofertas iniciais de ações. A expectativa das duas empresas é concluir a operação em abril.

De acordo com a Coluna do Broad, do Estadão, a Hapvida tem se mostrado mais atrativa para o mercado, considerado os preços que começaram a ser colocados na mesa. As duas companhias apresentaram propostas com os mesmos múltiplos (cálculo utilizado para se determinar o valor da empresa), mas investidores observam que a Hapvida obteve um lucro de R$ 650,6 milhões no ano passado (uma margem de 21,4%), ao passo que o da Notredame foi de R$ 393,6 milhões (margem de 13,4%). O maior problema é que, por essas semelhanças, e serem do mesmo setor, as companhias vão disputar os mesmos investidores.

Apesar das semelhanças nas operações, há uma diferença importante no tamanho da rede, o que é um fator estratégico a se avaliar para a redução de custos e elevação da rentabilidade. Diante disso, a rede própria é mais representativa para a Hapvida, tendo sido responsável por 96% das internações e 85% dos exames laboratoriais. Na Intermédica, cerca de 50% dos custos da companhia e 60% do volume de atendimentos ocorrem dentro da rede própria.

Por Investing.com

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