Trigo importado liquida acima do interno e produtor finaliza safra torcendo contra chuvas
Perto de finalizarem a colheita de trigo, em safra considerada cheia, e olhando para o céu, esperando que as chuvas não atrapalhem os trabalhos, os produtores estão vendo o mercado livre sem a competição do cereal importado.
Com esse dólar acima de R$ 5,40, a liquidação da tonelada importada já passa de R$ 1,6 mil, e, conforme a qualidade, de R$ 1,7 mil.
Para o Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, nessas condições os moinhos de farinha irão buscar fora só o que faltar, uma vez que os preços internos estão entre R$ 1,5 e R$ 1,550 mil/t.
O Brasil é deficitário no cereal, com consumo acima de 11 milhões/t, mas a safra atual, podendo superar 7 milhões/t, de acordo com o analista, dará um bom fôlego até o começo de 2022.
O aumento de área no Sul, especialmente no Paraná e Rio Grande do Sul, colaboraram para esse incremento, além de que o desenvolvimento das lavouras veio bem, especialmente no segundo estado.
É importante não haver perda na colheita. “Trigo não gosta de chuva na colheita”, diz.
Cotações
Nesta terça (5), Chicago opera em realização de lucro, às 9h15 (Brasília).
Após sessões consecutivas de ganhos, pelo abastecimento mundial mais comprometido e qualidade baixa – informa Brandalizze – o contrato de dezembro devolve 1,37%, a US$ 7,45 o bushel