Trigo e milho caem por oferta e clima, mais que o possível acordo para embarques da Ucrânia

Os futuros do trigo e milho em Chicago devem ficar vendidos hoje novamente. Os fundos estão testando o possível acordo para a liberação das exportações da Ucrânia, mas o clima melhor nos Estados Unidos, o balanço de oferta e o financeiro estarão mais presentes.

O trigo cai 3,10%, a US$ 7,81 no vencimento de setembro, e o milho, de igual mês, cede 0,50%, a US$ 5,72, às 8h30  (Brasília).

Ninguém sabe se vai funcionar o corredor que a Rússia abriria no Mar Negro, nem mesmo se haverá navios que vão se arriscar bancando os altos prêmios do seguro de guerra ante a dúvida das retiradas das minas. Nem há garantias de cumprimento dos termos intermediados pela Turquia.

Menos ainda é incerto o volume de fato disponível para embarques de trigo e milho ucranianos. Baseado apenas nas estimativas que o país apresentava antes da invasão, falar em potencial é mero chute.

O governo do país apontou que a safra de primavera do trigo cairia para 19 milhões de toneladas, contra 31 milhões/t de 2021, com os tratos finais e a colheita da commodity prejudicados.

Se for isso mesmo, ainda há as vias de acesso aos portos prejudicadas, os bombardeios prosseguem e armazéns portuários também foram danificados.

Logo, o clima mais ameno, após onde de calor e seca nos EUA sobre o milho e a safrinha brasileira oferecem apoio pra baixas. No caso do trigo, a colheita americana também pressiona, pela oferta chegando.

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Por outro lado, o viés de aversão ao risco global, que tem tirado pontos das cotações, não esmaeceu, e o dólar cotado internacionalmente segue se reforçando.

O petróleo cai mais de 1,35%, mantendo o temor de que a demanda será baixa.

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