Tributação de dividendos afetaria mais OdontoPrev e favoreceria Rede D’Or e Hapvida
A tributação de dividendos, se aprovada, teria impacto limitado nos resultados das empresas de saúde, afirmou o Santander (SANB11). No entanto, nomes como Hypera (HYPE3) e Odontoprev (ODPV3) sofreriam maior pressão, enquanto outros players, como Qualicorp (QUAL3), Hapvida (HAPV3) e Rede D’Or (RDOR3), sairiam beneficiadas.
“A introdução da tributação de dividendos afetaria adversamente as ações vistas como players de dividendos (por exemplo, ODPV) e favoreceria as ações de crescimento (por exemplo, RDOR, HAPV)”, disseram os analistas Marcio Osako e Rafael Barros, em relatório divulgado
No caso de Hapvida e NotreDame Intermédica (GNDI3), o banco enxerga impacto neutro nos lucros, uma vez que a redução das sinergias fiscais poderia ser compensada pela redução da taxa de imposto de renda.
A proposta de taxação de dividendos voltou a ser assunto na sexta-feira, quando o Ministério da Economia apresentou à Câmara dos Deputados a segunda etapa da Reforma Tributária. A proposta inclui o fim da isenção tributária para juros sobre capital próprio (JCP) e a tributação de dividendos em 20%, com isenção para até R$ 20 mil recebidos por mês.
Entre outras mudanças sugeridas na proposta está a redução da alíquota do imposto de renda para 29% (ante 34% atualmente).
Educação
Para o setor de educação, a tributação de dividendos teria impacto ainda mais limitado, na visão do Santander.
“Para a educação, o impacto é muito limitado a nosso ver, dada a isenção do imposto de renda concedida pelo programa Prouni para o segmento de graduação”, explicaram os analistas. “Ainda assim, a queda na renúncia fiscal do governo reduz o risco de mudanças no programa (a ser renovado em 2024)”.