Cidades

Três regiões do Rio saem do nível de alto risco para covid-19

26 fev 2021, 11:45 - atualizado em 26 fev 2021, 11:45
Rio de Janeiro
O 8º  Boletim Epidemiológico, divulgado hoje (26) pela prefeitura, indica que Copacabana, Rocinha e Lagoa, todas na zona sul, permanecem nesse nível de risco (Imagem: Reuters)

O município do Rio está com três das 33 regiões administrativas na cor laranja, o que representa risco alto para a covid-19.

O 8º  Boletim Epidemiológico, divulgado hoje (26) pela prefeitura, indica que Copacabana, Rocinha e Lagoa, todas na zona sul, permanecem nesse nível de risco.

Já a Barra da Tijuca, Vila Isabel e Lagoa passaram para o risco moderado, na cor amarela. Embora sejam menos três regiões em risco alto, na comparação com a edição anterior do boletim, permanecem as restrições na cidade mantidas pela prefeitura, devido ao surgimento de três casos de novas variantes.

O superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia, informou que um deles é de uma mulher de 71 anos, moradora do Recreio, na zona oeste.

Outro é de uma jovem de 21 anos que mora no Parque Anchieta, na zona norte. As duas se curaram, mas o terceiro caso é o de um homem de 54 anos, morador do Ccntro da cidade, que morreu. Garcia acrescentou que os três têm históricos de viagem ao Amazonas. “São casos importados.

Eles se infectaram, adquiriram a doença lá e voltaram aqui para as suas residências”, contou o superintendente durante a apresentação do Boletim Epidemiológico.

O prefeito Eduardo Paes reforçou que mesmo com a melhora dos indicadores, ainda não é hora de relaxar. “A gente está vendo situações no Brasil bastante críticas, inclusive em São Paulo que é aqui do lado, em Porto Alegre, Salvador, Manaus. Há um conjunto de estados e cidades enfrentando dificuldades.

Na segunda-feira (22), o comitê científico se reuniu e, mais uma vez, o Daniel [Soranz secretário municipal de Saúde] fez um relato daquilo que se passa. É óbvio que a gente está feliz com a situação que melhorou muito, mas tememos a possibilidade dessas novas variantes e decidimos manter em risco alto. A gente não pode afrouxar”, disse também na divulgação do boletim.

O prefeito Eduardo Paes reforçou que mesmo com a melhora dos indicadores, ainda não é hora de relaxar (Imagem: Facebook/ Eduardo Paes)

Apesar de não ser sua intenção anunciar, no momento, um lockdown na cidade, Paes disse que não vai hesitar em fazer o isolamento total, caso a situação da covid-19 se agrave na capital e o comitê científico identifique a necessidade da medida. “Não é uma decisão política. Hoje, os dados são positivos, o que não significa que amanhã não possam piorar”, afirmou.

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Aglomerações

O prefeito mandou um recado para os locais que ainda permanecem em risco alto. “Atenção aglomerações da zona sul, fiquem espertas. Não arrisquem a vida dos seus entes queridos”, disse, lembrando que nesses locais têm ocorrido frequentemente aglomerações e muitas pessoas sem o uso de máscara de proteção.

O recado valeu também para a torcida do Flamengo, que conquistou o título de campeão brasileiro na noite de ontem. Muitos torcedores voltaram a se aglomerar no início da manhã de hoje, desta vez no Aeroporto Internacional Tom Jobim/ RioGaleão para a chegada da delegação procedente de São Paulo, onde jogou na noite dessa quinta-feira.

Paes fez questão de agradecer, no entanto, à parcela da população do Rio que tem respeitado as medidas de restrição. “Se a gente está com risco moderado na maior parte da cidade é porque a população colaborou”, afirmou

O agradecimento se estendeu àqueles que durante o carnaval deixaram de ir para locais onde costumam ocorrer os desfiles de blocos. “Quando olho para o carnaval faço a crítica àqueles que se aglomeraram e fizeram festas, mas a gente esquece de fazer um elogio a 1 milhão de cariocas que deixou de ir ao Cordão do Bola Preta e a tantos blocos. Que deixou de sair às ruas dessa cidade na zona sul, na zona norte, no subúrbio carioca, para preservar as pessoas”, completou.