Internacional

Três perguntas, três cenários: BofA Merrill Lynch analisa guerra comercial

13 maio 2019, 11:24 - atualizado em 13 maio 2019, 11:48
Economista-chefe ainda acredita em pequena probabilidade de extensão da guerra comercial para outras vertentes da economia

Diante da escalada recentes nas tensões comerciais envolvendo as duas maiores economias do mundo, a equipe de análise do BofA Merril Lynch divulgou relatório no último final de semana sobre o tema, no qual pondera três questionamentos a serem levantados pelos investidores, além de analisar a relação com os mercados.

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Inicialmente, o economista-chefe Ethan Harris explica a visão popular de que os mercados não cairão muito por acreditarem em uma “opção de venda” por Trump, ou seja, de que pode haver piora nas projeções de fechamento do acordo.

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Ainda do lado negativo, a enxurrada de notícias negativas em torno da guerra comercial e expectativa de que Trump poderá recuar o tom nas negociações caso o sangramento no mercado acionário não estanque podem afetar demasiadamente a eficiência da economia global, principalmente na conta das multinacionais com operações na China.

Tail risk?

Dado o panorama, existem três questões a serem levantadas pelo mercado, de acordo com a equipe de análise do BofA Merril Lynch: (i)” quanto será a correção pelo mercado?”; (ii) “quão distante estão Washington e Pequim das negociações?” e; (iii) “haverá contaminação da guerra comercial para outras áreas da economia?”.

Em relação a primeira pergunta, estimativas do Bank of America Merrill Lynch indicam que as notícias foram responsáveis por cerca de 4,1% da correção do índice S&P 500 no quarto trimestre de 2018 e por 1,4% da recuperação.

Já no tocante ao segundo questionamento, Harris ressalta a dificuldade em torno do tema, pelos dois lados indicarem anteriormente fechamento do acordo e, em um segundo instante, reverterem todas as expectativas de negociações amigáveis.

Por último, o analista acredita que o risco de contaminação, via custos políticos e extensão da guerra comercial, permanece como um “tail risk”, com probabilidade menor de ocorrência.

Veja abaixo os três cenários do Bofa ML:

Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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Graduado em Ciências Econômicas pela USP, tendo cursado mestrado em Ciências Humanas e em Economia na UFABC, Valter Outeiro acumulou anos de vivência no mercado financeiro através de passagens nas áreas de estratégia de investimentos dentro de private banks, em multinacionais produtoras de índices de ações e em redações de jornalismo econômico.
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