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3 empresas que podem manter o ritmo de aquisições em 2022, segundo o Goldman Sachs

16 jan 2022, 13:41 - atualizado em 16 jan 2022, 13:45
Dinheiro, Real
Lojas Renner, Arezzo e Mercado Livre desfrutam da maior flexibilidade financeira para investir em novas fusões e aquisições em 2022 (Imagem: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

As atividades de fusões e aquisições tem sido destaque das companhias que o Goldman Sachs cobre nos últimos dois anos. As empresas que saíram na frente nesses processos foram Magazine Luiza (MGLU3), Arezzo (ARZZ3), Americanas (AMER3), Carrefour (CRFB3) e Grupo SBF (SBFG3).

Fora da cobertura do banco, outras empresas de capital aberto, como o Grupo Soma (SOMA3), Alpargatas (ALPA3; ALPA4), Petz (PETZ3) e Pague Menos (PGMN3) também têm atuado na aquisição de novos negócios.

Além disso, o setor registrou um aumento no número de transações com partes relacionadas, com B2W e Lojas Americanas se integrando em uma nova empresa conjunta e Assai adquirindo a maioria dos locais de hipermercados do Grupo Pão de Açúcar.

Do ponto de vista do balanço patrimonial, de acordo com a análise do Goldman Sachs, Lojas Renner, Arezzo e Mercado Livre (MELI34) desfrutam da maior flexibilidade financeira para investir em novas fusões e aquisições em 2022. As duas primeiras já até indicaram que continuarão estudando essas oportunidades.

Para Assaí (ASAI3) e Americanas, o banco espera que a maior parte do foco de curto prazo seja na integração dos ativos recentemente adquiridos.

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Fundos de private equity

Fora das fusões e aquisições corporativas, o Goldman Sachs notou que as aquisições de fundos de private equity podem voltar ao foco em 2022, à medida que recompõem seus portfólios após o aumento do volume de saídas em 2020 e 2021.

Além disso, a queda nos preços dos ativos, uma taxa de câmbio mais fraca e circunstâncias macroeconômicas desafiadoras — crescimento mais lento do PIB, pressões inflacionárias e taxas de juros mais altas — podem criar oportunidades.

“Reconhecemos que o rápido progresso na digitalização no setor pode continuar a inclinar o mix para investimentos de venture capital em franquias em estágio inicial e longe dos investimentos de private equity de maior escala para modelos de varejo mais tradicionais”, afirmam os analistas do banco.