Greve

Trens da Companhia Metropolitana estão em greve em São Paulo

15 jul 2021, 11:08 - atualizado em 15 jul 2021, 11:09
Trem
A paralisação acontece desde às 4h da madrugada, quando deveria iniciar a operação das linhas. As linhas 11 (Coral),  12 (Safira) e 13 (Jade) têm o funcionamento normal. Já o metrô e os ônibus operam normalmente (Imagem: Pixabay/pixel2013)

A capital paulista e as cidades da região metropolitana enfrentam na manhã desta quinta-feira (15) com a greve dos funcionários da Companhia Metropolitana de São Paulo (CPTM).

Não há circulação de trens nas linhas 9 (Esmeralda) e 10 (Turquesa) e as linhas 7 (Rubi) e 8 (Diamante) estão funcionando parcialmente. A operação Paese, que disponibiliza ônibus entre as estações, não foi disponibilizada.

A paralisação acontece desde às 4h da madrugada, quando deveria iniciar a operação das linhas. As linhas 11 (Coral),  12 (Safira) e 13 (Jade) têm o funcionamento normal. Já o metrô e os ônibus operam normalmente.

A paralisação foi decidida em assembleia por sindicatos dos ferroviários no último dia 6 e mantida após audiência de conciliação realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP) na tarde desta quarta-feira (14).

De acordo com informações do TRT, durante a audiência entre a empresa de transportes e os sindicatos que representam os ferroviários, o juiz auxiliar da Vice-Presidência Judicial Edilson Soares de Lima chegou a sugerir reajuste de 6,22% para os trabalhadores e manutenção das cláusulas sociais preexistentes, ambos rejeitadas pela companhia.

Propôs também uma cláusula de paz para evitar a greve efetiva já nesta quinta, o que não foi aceito pelos trabalhadores.

Até o julgamento, os trabalhadores devem manter 80% do efetivo nos horários de pico e 60% nos demais horários. Também não poderão criar obstáculos para acesso aos trabalhadores ou abrir as catracas. A multa, em ambos os casos, é de R$ 100 mil por dia de descumprimento.

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Acordo coletivo

Segundo nota divulgada no site dos Sindicatos dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo, o movimento de greve surgiu a partir da decisão da CPTM de encerrar as negociações do Acordo Coletivo 2021/22. Os funcionários afirmam que não tiveram acesso ao programa de participação nos resultados de 2020 e não houve reajuste salarial no ano passado.

A nota foi assinada também pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Sorocabana e Sindicatos dos Engenheiros do Estado De São Paulo.

O que diz a CPTM

Em nota do site da CPTM, a companhia informa que “considera inadmissível que os sindicatos que representam os colaboradores das linhas 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa, com toda a linha de frente vacinada e com uma crise econômica, decida fazer greve nesta quinta-feira prejudicando e punindo exclusivamente o cidadão que necessita do transporte público para ir ao trabalho, incluindo os que trabalham na linha de frente no combate à pandemia de covid-19”, informou a nota.

“A CPTM lamenta a decisão sobre a greve e espera que não haja adesão por parte dos trabalhadores em respeito aos cidadãos que necessitam do transporte. A Companhia reforça que há uma decisão da Justiça do Trabalho determinando a manutenção de 80% dos trabalhadores no horário de pico e 60% nos demais horários, sob pena de R$ 100 mil diários.

A empresa também irá operar com um plano de contingência para atender a todos que precisam do transporte, principalmente aos que trabalham em serviços essenciais.

Enquanto milhares de trabalhadores perdem seus empregos ou tem suas rendas diminuídas – a renda média do trabalhador é de R$ 2.500,00, a CPTM mantém salários e benefícios rigorosamente em dia – salário médio de R$ 6.500,00, mesmo tendo sido duramente afetada pela queda na demanda de passageiros durante 2020 e todo o ano de 2021.

Não é possível que estes sindicatos estejam em uma realidade diferente do restante do país, que sofre com desemprego, perda de renda e fome”, encerrou a nota.