Política

Tratado como presidenciável, Pacheco se filia ao PSD

27 out 2021, 17:03 - atualizado em 27 out 2021, 17:03
Rodrigo Pacheco
O presidente do Senado pregou união, afirmando que o país chegou ao “limite dos extremos” (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), participou nesta quarta-feira de cerimônia de filiação ao PSD, em evento em Brasília no qual foi tratado como o presidenciável da legenda para as eleições do próximo ano.

Na cerimônia, Pacheco não falou de candidatura ao Palácio do Planalto, mas fez um discurso claro para marcar posição e se colocar como diferente dos principais nomes apontados como concorrentes na eleição de 2022.

O presidente do Senado pregou união, afirmando que o país chegou ao “limite dos extremos”.

“A gravidade do momento que assola nosso país nos impõe uma tomada de decisão. Decisão esta que não é contra quem quer que seja, mas a favor do Brasil e dos brasileiros. O caminho para solucionar as várias crises que estamos enfrentando é a união. Quando falamos em unirmos o país é porque chegamos ao limite dos extremos”, disse Pacheco, que deixou o Democratas.

Pacheco defendeu a boa política e destacou que é preciso, urgentemente, retirar milhares de brasileiros da “miséria absoluta” em que vivem. “Não podemos tolerar que o nosso país, com a base agrícola, repleto de heróis do campo, tenha um cidadão sequer passando fome”, disse.

O evento de filiação do senador foi realizado no Memorial JK, em Brasília, com a presença de parlamentares e dirigentes partidários de várias legendas. Em vários momentos, houve referências e comparações de Pacheco com o ex-presidente Juscelino Kubitschek.

O presidente do PSD, Gilberto Kassab, disse que o presidente do Senado será presidenciável pela legenda.

“Ele não vai aqui evidenciar, até porque vai fazer uma reflexão, mas, em off, reservadamente, Rodrigo Pacheco vai ser nosso candidato a presidente do Brasil”, afirmou.

Apesar do entusiasmo de Kassab, pesquisas ao Planalto tem apontado Pacheco com modestas intenções de voto ao cargo — bem distante do presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.