Trapiche inicia moagem e só ela fará todo açúcar livre de taxa que os EUA dão ao Nordeste inteiro
A safra de Pernambuco já começou com a meta de 13 milhões de toneladas de cana, até março de 2020, e a Usina Trapiche deu a largada na sua moagem nesta sexta (13). Será uma das 13 indústrias do estado a operar a temporada 18/19, contando com a maior concorrência do etanol dos Estados Unidos sem a contrapartida ao açúcar da região naquele mercado.
O Brasil aumentou a dose de etanol importado livre de taxação (para 750 milhões de litros), mas não pressionou para aumento da cota de açúcar isenta de imposto, de 170 mil toneladas, que na relação é seis vezes menor do que a volume de biocombustível liberado. A Trapiche, sozinha, produzirá o volume total que vai para aquele país. E é volume total para todo o Nordeste e não somente para Pernambuco.
Deverão ser 150 mil toneladas de açúcar produzidas. O volume projetado na fabricação de etanol é de 30 milhões de litros. O mix sairá da moagem de 1,6 milhão de toneladas de cana, ainda segundo informe do Sindaçúcar PE, em ciclo que no Nordeste começa quando o do Centro-Sul caminha para o fim.
A unidade, fundada n o século 19 em Serinhaém, fica na Zona da Mata Sul, que divide a produção pernambucana de cana com a Zona da Mata Norte.
Na safra passada, o estado produziu 100 milhões de litros a mais de etanol sobre o ciclo anterior, chegando a 425 milhões de litros e a produção de cana passou pouco das 11 milhões de toneladas.