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Transmissão Paulista (TRPL4): Queda de 70% do lucro é preocupante?

29 jul 2022, 14:22 - atualizado em 29 jul 2022, 14:23
energia elétrica
Resultados da Transmissão Paulista estão em linha com estimativas da Genial, XP e Eleven (Imagem: REUTERS/Shelby Tauber)

Os resultados do segundo trimestre de 2022 apresentados pela Transmissão Paulista (TRPL4estão conforme o esperado, dizem a Eleven, Genial XP Investimentos.

A Genial destaca que o resultado foi em linha com o esperado pela corretora e segue com a recomendação de manter a ação.

“Uma vez mais a empresa entrou resultados pressionados, com pressão sob margens devido à evolução dos custos operacionais, maiores despesas financeiras devido ao maior endividamento e evolução dos indexadores do custo da dívida e do reperfilamento dos fluxos do Rede Básica Sistema Existente (RBSE)”, diz a Genial.

Na mesma linha, a XP afirmou que os resultados estão em linha com as estimativas e mantém a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 25.

“Os resultados vieram em linha com as nossas estimativas, refletindo principalmente o impacto negativo do reperfilamento da RBSE (-R$ 156 milhões) e maiores despesas financeiras (+117% A/A). Por outro lado, vemos os impactos do início operacional dos novos Projetos de Retrofitting (+R$ 19,2 min) e Greenfield (+R$ 32,9 mn) como positivos”, diz a XP.

Apesar da Eleven destacar que os resultados também estão alinhados com as expectativas da corretora, a recomendação para Transmissão Paulista é de compra, com preço-alvo de R$ 31.

“O resultado operacional da ISA CTEEP veio em linha com as nossas estimativas, com o resultado financeiro pesando mais do que o esperado devido ao investimento em novos projetos e ao cenário macroeconômico deteriorado. A RAP atualizada para o próximo ciclo mostra um crescimento de 26%”, diz.

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Destaques positivos e negativos

Para a Genial, apesar dos resultados da Transmissão Paulista terem apontado um trimestre não muito inspirador do ponto de vista estritamente operacional, a corretora ficou muito satisfeita com o que viu na parte de investimentos e dos projetos da empresa.

Do ponto de vista positivo, a XP destaca que os resultados foram parcialmente compensados pelo impacto positivo do ciclo RAP (Receita Anual Permitida) 2021/2022 devido à variação positiva do IPCA, a entrada em operação de novos Projetos de Retrofitting  e projetos Greenfield, e RAP do contrato 012/2016, referente à aquisição da Piratininga – Bandeirantes Transmissora de Energia ao final do primeiro trimestre de 2021.

Em contrapartida, do lado negativo, destacam o impacto de -R$ 156 milhões da redução da receita da RBSE durante os ciclos tarifários 21/22 e 22/23, em função do reperfilamento do componente financeiro e o aumento de +117% ao ano nas despesas financeiras, em função de novas captações e aumento do IPCA e CDI, responsáveis por indexar, respectivamente, 55% e 36% da dívida da companhia.

Já a Eleven diz que como ponto positivo do resultado o crescimento das despesas com pessoal, material, serviços de terceiros e outros (PMSO) em 7,1%, abaixo da inflação no período.

“Por outro lado, a alavancagem da companhia medida pela relação dívida líquida/Ebtida fechou o trimestre em 3,25x, pouco abaixo do covenant mais restritivo da 5ª emissão de debêntures de 3,5x”, diz a corretora.

Resultados do 2T22

O lucro líquido da Transmissão Paulista caiu 70% no segundo trimestre de 2022 ante mesmo período do ano passado, indo a R$ 74 milhões, conforme documento enviado ao mercado nesta quinta-feira (28).

Já a receita teve redução de 7,5%, somando R$ 732 milhões.

O Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 555 milhões, queda de 12%.

A piora é explicada principalmente pela redução de 7,5% da receita líquida, a 732,9 milhões de reais, devido à reprogramação de pagamentos da Rede Básica Sistema Existente (RBSE).

O desempenho, segundo a companhia, foi afetado principalmente por uma piora do resultado financeiro, que ficou negativo em R$ 301,0 milhões no período, um aumento 117,5% se comparado à despesa financeira do segundo trimestre de 2021.

A postergação de indenizações de RBSE às transmissoras foi determinada pela agência reguladora Aneel no ano passado, a fim de atenuar reajustes tarifários aos consumidores, e com efeito sobre o resultado das transmissoras no curto prazo.

Segundo a diretora financeira da Transmissão Paulista, Carisa Cristal, o impacto dessa reprogramação da RBSE tende a ser menor no terceiro trimestre.

*Com Renan Dantas

Disclaimer

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