Tradings tentam colar na soja a ‘historinha’ do Mississipi; no BR, câmbio no radar
Há uma tentativa explícita de fazer a soja subir na bolsa Chicago (CBOT, do inglês) apenas por conta das dificuldades de escoamento pela baixa vazão do Rio Mississipi. Mas é enganosa e de efeito de curtíssimo prazo, se que conseguirá efeito.
A logística está de fato comprometida depois da seca, por onde sai boa parte do grão americano, só que já vem de pelo menos três semanas, e, nesse tempo, o USDA reportou que na semana até dia 20 o país exportou mais de 800 mil toneladas acima do teto previsto pelos agentes, de 2 milhões/t.
Ontem, os fundos não entraram nessa das tradings. Nesta terça (25), a mesma tentativa se esboçava, mas sem força.
Às 7h55 (Brasília), a commodity está raso mais 0,04%, com o bushel do mês que vem a US$ 13,72.
Nas condições do tempo bom nos EUA para a colheita acelerada, plantio no Brasil também de vento em popa, demanda chinesa sem explodir e interesse global posto à prova pelo fantasma da recessão, os US$ 14 está distante.
Vale lembrar que o reporte do governo americano de apoio dos embarques não deu impulso ao grão, porque os compradores estão se aproveitando dos preços baixos e formando estoques, e não necessariamente porque há demanda suficiente para eles.
Câmbio
Enquanto isso, no Brasil, o mercado fica de olho no dólar.
Se repetir a alta da véspera, de 3% (R$ 5,30), pode ajudar algumas vendas da safra velha que ainda resta nos armazéns.
Real pressionado é fator relevante para os importadores, tornando os produtos mais baratos pelo câmbio.
É uma oportunidade de negócios nos portos que pode ser interessante para o produtor brasileiro.
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