Comprar ou vender?

Traders veem ganhos para ativos de emergentes após julho de 2022

28 dez 2021, 9:37 - atualizado em 28 dez 2021, 9:37
Mercados de Ações
A esperada recuperação no meio do ano marcaria uma virada para um segmento que está prestes a encerrar seu pior ano desde 2018 (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau/File Photo)

Investidores apostam em valorização dos ativos de mercados emergentes em 2022, na esteira do controle da inflação e aceleração do crescimento. No entanto, os ganhos são esperados apenas no segundo semestre.

Esse é o consenso entre bancos como Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan Chase, que conversaram com a Bloomberg sobre o cenário para ações, títulos e moedas de países em desenvolvimento no ano novo. Entre os destaques, esperam recuperação da bolsa chinesa e ganhos para títulos em moeda local de países como Polônia, República Tcheca e Hungria.

A esperada recuperação no meio do ano marcaria uma virada para um segmento que está prestes a encerrar seu pior ano desde 2018. Embora a narrativa de 2021 tenha sido dominada pela alta dos preços ao consumidor, campanhas desiguais de vacinação contra a Covid-19 e dólar impulsionado pelas expectativas de aperto monetário do Federal Reserve, melhores variáveis podem entrar em jogo no fim do ano.

Investidores já veem sinais de recuperação com a determinação de bancos centrais no combate à inflação ao aumentar os juros, enquanto um pico de crescimento dos Estados Unidos poderia devolver a vantagem às economias em desenvolvimento, dizem.

“2021 foi um ano em que os mercados desenvolvidos superaram os emergentes em crescimento econômico, e isso precisa ser revertido”, disse Tai Hui, estrategista-chefe para mercado asiático da JPMorgan Asset Management, em Hong Kong.

O aumento dos índices de vacinação em algumas economias oferecerá um cenário mais favorável, além dos sinais de estabilização dos problemas que afetam as cadeias de suprimentos, diz Hui. As taxas de juros dos EUA também podem permanecer abaixo da inflação global, intensificando a busca por retorno.

Isso seria uma mudança bem-vinda na sorte de investidores em países cujas economias respondem por mais da metade do PIB mundial. O indicador MSCI de ações de mercados emergentes acumula queda superior a 5% neste ano, sendo negociado perto do nível mais baixo desde 2001 em relação às ações dos EUA. A dívida em moeda local pode fechar o ano com o pior desempenho desde 2015, enquanto títulos em dólar caminham para a terceira baixa desde a crise financeira global de 2008.

Essas decepções destacam como as taxas de crescimento entre nações emergentes não conseguiram acompanhar o ritmo de países mais ricos. Embora a expansão de economias em desenvolvimento fosse, em média, 2,5 pontos percentuais mais rápida do que a de países desenvolvidos antes da pandemia, essa taxa caiu para 1,3 ponto percentual este ano, em parte devido à falta de estímulos para lutar contra a pandemia, dizem investidores.

Mas com o giro da política do Fed ao aperto monetário e sinalização de três aumentos de juros em 2022, o crescimento dos EUA pode atingir o pico. E isso, juntamente com uma retomada da atividade econômica em mercados emergentes, pode ajudar a ampliar o diferencial novamente.

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