Track & Field tem grande potencial para crescer com estratégia multicanal e retomada do setor de moda
O BTG Pactual (BPAC11) iniciou a cobertura das ações da Track & Field (TFCO4), que estreou na B3 (B3SA3) no fim de outubro. O banco tem recomendação de compra e preço-alvo em 12 meses de R$ 16 para a ação.
Na avaliação dos analistas, a varejista de artigos esportivos e moda praia não só está bem posicionada para aproveitar a retomada do segmento de vestuário e calçados no próximo ano, principalmente por parte das classes de alta renda, como também se beneficia do fato de os consumidores estarem em casa durante a pandemia, aumentando a procura por roupas mais confortáveis.
A companhia tem duas características que já asseguram sua atratividade (modelo de negócio baseado em franquias e portfólio de marcas privadas), mas tem aproveitado as oportunidades criadas pela quarentena, como o desenvolvimento de canais digitais.
O BTG destaca que a Track & Field foi rápida em desenvolver iniciativas multicanais, o que só reforçou a proposta de valor da empresa.
“Apesar desse processo estar apenas no começo, o progresso tem se mostrado até agora promissor. E, mais importante do que o crescimento acelerado dos últimos meses, a Track & Field também está focada em alinhar seus franqueados com os canais digitais”, comentam os analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi, em relatório divulgado ontem.
Pilares
A visão positiva do BTG sobre a Track & Field é baseada em quatro principais pilares: margens altas (a companhia tem um dos maiores ROIC – retorno sobre o capital investido – entre as empresas sob a cobertura do BTG); forte alinhamento com franqueados e proximidade com a cadeia de fornecedores; atuação nacional com formato flexível de lojas; e ecossistema de venda com mais de 100 eventos esportivos promovidos todo ano.
O modelo de negócios da Track & Field é ainda mais atraente por apresentar preços que competem com as maiores marcas internacionais, como Nike e Adidas. Isso, afirma o BTG, aumenta o mercado endereçável da empresa e oferece espaço para mais expansão.
A expectativa do BTG é de que a varejista abra 209 lojas até 2025. O número de aberturas deste ano, inclusive, deve superar as projeções iniciais do início da pandemia.