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Trabalho híbrido e vacinação: Os desafios à espera dos gestores de empresas em 2022

25 dez 2021, 8:00 - atualizado em 25 dez 2021, 16:50
Mulher trabalhando em home office
Desafios de 2022 serão parecidos com os de 2021 (Freepik)

Desde 2020, o mundo dos negócios não é mais o mesmo. Com a pandemia de Covid-19, as empresas tiveram de aprender novas formas de trabalho, adicionando novos desafios para o dia a dia corporativo.

Se, no ano passado, o maior problema era pensar em como toda uma equipe poderia funcionar em home office, e 2021 trouxe o desafio de entender como será o futuro do trabalho (seja ele híbrido, presencial ou remoto), 2022 será a consolidação de todos os dilemas e fará com que muitos gestores quebrem a cabeça buscando a solução ideal.

Fato é que os problemas não vão acabar ou mudar magicamente assim que o relógio bater meia-noite no dia 31 de dezembro. Questões como saúde mental, vacinação, pandemia, trabalho híbrido, entre outras, continuarão a estar em pauta.

É por isso que, para Tey Yanagawa, especialista em pesquisa do Grupo Cia de Talentos, existe um ponto essencial para que os desafios de 2022 sejam amenizados.

“Isso requer um diálogo aberto e uma postura ágil por parte liderança para desenhar configurações de trabalho saudáveis e que façam sentido para cada equipe e cultura. De modo geral, trabalho híbrido, saúde mental e cultura de aprendizagem são desafios que continuarão na pauta das empresas”, afirma.

Segundo ela, “do ponto de vista de gestão de pessoas, o cenário é de profundas mudanças e incertezas” e que “antes de mais nada, é importante entender que, coletivamente, passamos por um período bem desafiador, e as pessoas ainda estão se adaptando às novas configurações de trabalho e assimilando aprendizados”.

“Será preciso reorganizar e aprimorar a forma como colaboramos, como aprendemos informalmente e, também como nos comunicamos. Além disso, utilizar a nosso favor os recursos digitais de trabalho, de modo que eles simplifiquem e não burocratizem as nossas rotinas”, diz.

“Diversas pesquisas apontam que a maioria das pessoas gosta da ideia de revezar o presencial com o remoto, então é importante planejar quando faz sentido trabalhar presencialmente, para reuniões mais estratégicas ou para fortalecer a conexão da equipe, por exemplo.”

Para driblar os eventuais problemas que podem acontecer com metade da equipe em casa e a outra metade presencial, é preciso ter atenção às questões envolvendo comunicação, infraestrutura de trabalho, flexibilidade, empatia e confiança.

“A partir do momento em que as pessoas trabalham do seu ambiente pessoal, precisamos estar abertos a conviver e cooperar com elementos da sua vida pessoal. No home office, cada pessoa está imersa em um contexto diferente e isso influencia sim o trabalho, por isso, oferecer suporte ao bem-estar de cada um é essencial”, diz.

Vacinação não deve ser problema

Para Tatiana Sendin, fundadora e CEO da Think Work, uma Knowledge Tech de carreira e trabalho, a vacinação no Brasil não deve ser um problema para os gestores em 2022.

“No Brasil, a vacinação tem avançado rapidamente e, pela cultura da sociedade, isso não deve se tornar um problema para o governo nem para as empresas, ao contrário do que vemos em outros países”, afirma.

Uma pesquisa da ThinkWork aponta que 25% das empresas planejam retomar as atividades no espaço físico no ano que vem.

Segundo a pesquisa, para garantir a segurança dos funcionários no trabalho presencial, a grande maioria vai exigir o uso de máscara e estimular a higienização das mãos, oferecendo itens de higienização, como álcool gel. O estudo também aponta que “quase metade das respondentes vai exigir a vacinação dos funcionários, sendo que 10% planejam demitir os não-vacinados”.

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