Trabalhar em casa afetou a produtividade dos funcionários mais jovens, afirma JPMorgan
Um padrão preocupante surge com a maioria da equipe do JPMorgan Chase trabalhando em casa para conter a propagação da Covid-19: queda da produtividade.
A produção de funcionários mais jovens foi particularmente afetada às segundas e sextas-feiras, segundo conclusões discutidas pelo CEO Jamie Dimon em reunião privada com analistas da Keefe, Bruyette & Woods.
Esse fator, aliado com a preocupação de que o trabalho remoto não substitua a interação presencial, é parte do motivo pelo qual o maior banco dos EUA tem pedido que mais funcionários voltem aos escritórios nas próximas semanas.
“O estilo de vida de trabalhar em casa parece ter impactado funcionários mais jovens; a produtividade geral e a ‘combustão criativa’ foram atingidas”, escreveu Brian Kleinhanzl, da KBW, em relatório de 13 de setembro para clientes, citando reunião anterior com Dimon.
Um representante do JPMorgan não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
As conclusões do JPMorgan fornecem mais um dado no debate sobre se funcionários têm um desempenho tão bom na mesa da cozinha quanto no escritório, mostrando que o trabalho remoto prolongado pode não corresponder às expectativas, pelo menos para algumas funções.
Embora estudos antes da pandemia tenham revelado que trabalhadores remotos podem ser tão eficientes quanto os que trabalham em escritórios, havia dúvidas sobre como funcionários se comportariam sob confinamentos compulsórios.
Na semana passada, o JPMorgan disse a funcionários de vendas e trading de nível sênior que estes deveriam retornar aos escritórios até 21 de setembro, a medida mais significativa já tomada por um banco dos EUA para trazer as equipes de volta aos locais de trabalho. Funcionários em outras funções também são incentivados a retornar, até a capacidade máxima de ocupação de 50% em Nova York.
“No geral, Jamie acha que voltar ao escritório será bom para funcionários jovens e para promover ideias criativas”, escreveu Kleinhanzl.