Totvs (TOTS3): UBS BB eleva recomendação para compra e espera salto de 31% das ações por dois motivos
Os investidores de Totvs (TOTS3) tiveram uma boa surpresa nesta quarta-feira (11): o UBS BB elevou a recomendação de neutro para compra das ações da companhia.
O banco também aumentou o preço-alvo para os papéis de R$ 34 para R$ 38 — o que representa um potencial de valorização de 31,44% sobre o preço de fechamento da última terça-feira (10).
“Temos maior convicção em um cenário de melhoria de margem, dados nossos estudos sobre receita de nuvem (cloud), inflação e impactos de mix de receita”, escreveram Leonardo Olmos, André Salles e Gustavo Farias em relatório.
Segundo os analistas, a companhia ainda se “sobrepõe” a um cenário de aversão ao risco, devido à sua receita recorrente, proteção contra inflação e capacidade de conversão de caixa.
Em reação, as ações figuram entre as maiores altas do Ibovespa desde o início da sessão. TOTS3 terminou o dia com avanço de 7,37%, a R$ 31,04. Na máxima do dia, os papéis chegaram a subir 8,41% (R$ 31,34). Acompanhe o Tempo Real.
No ano, TOTS3 acumula queda de 6,56%.
Por que é hora de comprar TOTS3?
Para o UBS BB, as ações da Totvs (TOTS3) estão “atraentes” por dois motivos: os papéis estão “baratos” ao considerar os múltiplos de caixa e, na visão dos analistas, o ceticismo “injustificado” sobre as margens da companhia.
“A Totvs oferece uma característica única: o fluxo de caixa livre (FCF) é maior do que o seu lucro líquido. Com exceção da VTEX, essa é uma condição que não encontramos em nenhum concorrente global ou local, mesmo avaliando outros setores ou o Ibovespa como um todo”, dizem os analistas.
Nas contas do banco, TOTS3 é negociada a um múltiplo de 17x a relação entre o preço e o lucro (P/L) — o que representa um desconto de até 19% na comparação com os níveis históricos da companhia.
Em relação ao pares globais, os papéis da empresa estão sendo negociados com um desconto de 42% — historicamente, o desconto é de até 28%.
“Acreditamos que isso precifica em um cenário de contração de margem no futuro, causado por uma preocupação com os potenciais de margem de ambas as unidades de negócios (Gestão e Desempenho Empresarial)”, afirmam os analistas.
Segundo eles, essas preocupações são “exageradas”.
O banco espera uma expansão de margem de 550 pontos-base nos próximos cinco anos, de 23,4% em 2023 para 29% em 2028.