Topo histórico do Ibovespa é logo ali e tendência de alta está cada vez mais dada
Analistas técnicos avaliam que o Ibovespa deverá manter trajetória de alta nas próximas sessões a despeito da volatilidade existente diante dos ataques aos gasodutos da Saudi Aramco.
Para José Falcão C. Castro, analista da Inversa Publicações, o Ibovespa “continua seguindo seu movimento ascendente rumo ao próximo objetivo aos 104.850”, após abandonar, de forma definitiva, “o canal de baixa que vinha se formando desde julho”.
“Alguns fatores externos estão contribuindo para esse progresso do índice: os estímulos econômicos do BCE (Banco Central Europeu) ao anunciar cortes na taxa de juros e a retomar o programa de relaxamento quantitativo e as boas notícias da China ao isentar 16 produtos americanos de tarifa adicional como forma de melhorar a relação da guerra comercial”, avalia Castro.
Diante do cenário mais positivo, o Ibovespa, “que possuía sua tendência indefinida, com viés de alta, no curto prazo, passa a ter a sua tendência de alta consolidada, buscando romper a resistência aos 104.850 e em seguida o topo histórico logo ali (106.650)”.
“Já no longo prazo, conforme média móvel de 200 períodos, o Ibovespa consolida cada vez mais a sua tendência de alta, se distanciando das ameaças vistas em agosto quando chegou a ser cotado aos 95.855 pontos”, diz o analista da Inversa Publicações.
Bandeira de alta
O Bradesco BBI avalia em relatório desta segunda-feira (16) que o Ibovespa “segue com formação do tipo ‘bandeira de alta’ no gráfico diário, que projeta objetivo inicial aos 106.600 pontos (topo histórico)”.
De acordo com os analistas gráficos, o índice “pode estender o movimento para fechar o mês de setembro na região entre os 108.000 e 110.00 pontos”.
“Mais acima, o índice passaria a olhar para o teto de seu canal de médio prazo iniciado em julho de 2018, que passa hoje os 113.000 pontos, patamar a ser atingido até o final do ano”, avalia o Bradesco BBI.
Os analistas técnicos ponderam que, “do lado inferior, o suporte que ampara essa estrutura ficou marcado aos 102.200 pontos”.
Dólar
Já em relação às perspectivas para o dólar, Castro analisa que, “após renovar a máxima do ano no dia 2 de setembro (R$ 4.190), vimos o dolar futuro ficar menos pressionado, fechando a semana aos R$ 4.093”.
O analista da Inversa Publicações avalia que, mesmo com a desvalorização do dólar, o Banco Central “continuou a atuar em três frentes: venda à vista de dólares, através da utilização das reservas internacionais, swap tradicional e swap reverso”.
“Por fim, a tendência da moeda norte americana no curto prazo passa por um momento de acomodação a espera de novos fatos, enquanto para o longo prazo, segue de alta. Essa semana que passou foi de correção para a moeda norte americana, veremos como vai reagir nos próximos cinco dias”, conclui Castro.