Tombo do petróleo pega etanol em alta na usina e congela as expectativas
Em se tratando de petróleo, a volatilidade acima da conta nestes tempos pode mudar drasticamente amanhã, mas a queda substancial nesta quinta (1) congela as expectativas do etanol. A gasolina subiu 5% ontem, depois de 4% na semana passada, e o biocombustível entrou a semana reforçado em mais 3,83% na usina.
A continuar os níveis dos contratos de novembro a dezembro, entre US$ 40 e US$ 41 o barril, com recuo de mais de 3,50% (até 15h45, Brasília) no segundo, fará a Petrobras (PETR3; PETR4) voltar a reduzir o preço da gasolina na refinaria, como havia feito por três vezes seguidas antes da semana passada.
O reflexo da alta do combustível derivado de petróleo deu gás na demanda pelo etanol. Inclusive, os agentes entraram a semana já prevendo um novo aumento do barril do tipo Brent em Londres, como trouxe Money Times.
Mas a baixa credibilidade de que saia um novo pacote de estímulo à economia americana, em uma corrida eleitoral à presidência dos Estados Unidos que está trazendo mais incertezas, esfriou a perspectivas de demanda mais sólida.
Em conjunto, casos do novo coronavírus na Europa, por exemplo, assombram as tensões sobre a retomada dos negócios.
Sem que alguns produtores deem mostras de que vão desacelerar as exportações. Casos noticiados de Iraque, Arábia Saudita e Rússia, além da Líbia que pretende aumentar a produção.
O benchmark dos Estados Unidos também seguiu o Brent e caiu bem abaixo do suporte dos US$ 40, fechando perto dos US$ 38,80.