Tombo de quase 10% das ações da Gol e Azul surge como oportunidade para apostar em retomada
As ações da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL4) despescaram, nesta quarta-feira (10), em sessão do Ibovespa (IBOV) marcada pela realização de lucros antes do feriado de Corpus Christi.
Os papéis da Azul e Gol fecharam em queda de 8,84% e 9,64%, respectivamente, após forte valorização recente, apoiada nas expectativas otimistas para a reabertura de economias.
Até a véspera, a Azul acumulava em junho alta de 80% e Gol, 86%.
O dólar, que vinha caindo nas últimas sessões, ajudando a impulsionar o desempenho das aéreas, fechou em alta 1,05%, a R$ 4,93.
Oportunidades
Apesar da recente queda, o setor aéreo vem apresentado sinais de retomada.
Na noite na última terça-feira, a Azul informou que a sua demanda de maio disparou 51%, enquanto a oferta da empresa subiu 44,8%.
A taxa de ocupação das aeronaves da aérea no período ficou em 72%, alta de 3,2 pontos percentuais.
Além disso, a companhia afirmou que espera aumentar o número de voos em julho para 240 decolagens diárias nos dias de maior demanda. Em maio, houve 115 voos diários em dias com maior demanda.
Na avaliação da Guide, os números são positivos, “tendo em vista um grande aumento da demanda de passageiros entre maio e abril”.
“Os valores indicam que o volume de passageiros sendo transportados está sendo lentamente retomado”, afirmou.
Gol
Os números da Gol também agradaram. A companhia teve uma média de 55 voos diários, aumento de 10% em relação a abril.
A companhia aumentou a malha aérea para 70 voos por dia e reiniciou as operações nos aeroportos de Congonhas (SP), Santos Dumont (RJ), Navegantes (SC) e Foz do Iguaçu (PR).
A empresa estima consumo liquido de caixa de R$ 10 milhões por dia até dezembro.
Para o analista do BTG, Lucas Marquiori, os números reportados foram positivos e representam “uma melhora nos riscos em nossos modelos atuais, mostrando o comprometimento da gestão em manter a comunidade de investidores atualizada”.
A corretora reafirmou sua recomendação de compra dos papéis, apesar do recente rali de alta na Bolsa, baseado na sua grande exposição ao mercado doméstico.