Internacional

Toma lá, dá cá: Veja as cinco possíveis retaliações da China contra os EUA

24 maio 2019, 13:46 - atualizado em 24 maio 2019, 13:46
Barclays acredita que Pequim possui cinco alternativas para retaliar Washington (Pixabay)

As duas últimas semanas foram marcadas pela escalada nas tensões comerciais entre China e EUA, em meio a movimentações do presidente Donald Trump e da resposta de Pequim ao cenário turbulento geopoliticamente.

Em torno da temática, o Barclays divulgou relatório sobre possíveis medidas de retaliação de Pequim a Washington, bem como prognósticos para os próximos capítulos da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Inicialmente, o banco inglês destaca a resposta de Pequim. “O governo chinês assume uma posição mais severa contra a pressão dos EUA. A propaganda oficial também destaca que a China tem uma economia suficientemente resiliente e ferramentas de políticas monetária e fiscal para enfrentar mais desavenças na guerra comercial”, pondera o Barclays.

Alternativas

A primeira retaliação da China, segundo os analistas, pode ser a restrição de exportações de matérias-primas chave, como a parada da mineração de elementos rare earth, utilizados no setor eletrônico, assim como feito com o Japão em 2010.

Por sua vez, a segunda opção detida por Pequim consiste na restrição da venda de serviços e bens norte-americanos no mercado doméstico, como servidores, automóveis, produtos da indústria cultural (filmes, séries), smartphones e aviões, como feito recentemente por companhias aéreas chinesas com a Boeing.

Já a terceira alternativa é a combinação entre desvalorização do yuan e venda de Treasuries. “Acreditamos que, caso ocorra escalada da guerra tarifária, a China permitirá medidas que enfraquecerá o yuan, apesar de acharmos que as autoridades chinesas provavelmente não tolerarão depreciação muito acentuada e repentina”, avalia o Barclays.

Medidas incluem desvalorização do yuan, venda de Treasuries e restrição de exportações (Pixabay)

A quarta retaliação de Pequim a Washington fundamenta-se em medidas mais coercitivas para operações de empresas norte-americanas em solo chinês, como maiores inspeções de produtos alfandegários, prolongamento da liberação das cargas portuárias ou postergação de permissões e licenças para companhias dos EUA realizarem negócios. A quinta medida atinge a todos: restringir a permissão de viagem de cidadãos chineses aos EUA.

Por último, os analistas apontam os próximos passos a serem tomados, tanto pelos EUA quanto pela China:

 

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