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Tok&Stok deve R$ 21,3 milhões ao fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11)

18 fev 2023, 12:34 - atualizado em 18 fev 2023, 12:36
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Quase sem-teto: Tok&Stok pode ser despejada de centro de distribuição em Extrema pela Vinci Logística (VILG11) (Foto: Tok&Stok/Divulgação)

A Tok&Stok deve R$ 21,3 milhões ao fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11), referentes ao aluguel atrasado do condomínio Extrema Business Park 1. A informação é da Folha de S.Paulo, que teve acesso aos autos do processo de despejo movido pelo fundo.

O condomínio, localizado na cidade mineira de Extrema, é utilizado pela Tok&Stok como centro de distribuição. A varejista de móveis e decoração, uma das maiores do ramo no Brasil, ocupa 100% da área de 66,9 mil metros quadros do local.

Segundo a Folha, o processo de despejo corre na 3ª Vara Cível de São Paulo e será analisado pela juíza Ana Laura Correa Rodrigues. O jornal acrescenta que, no começo de fevereiro, Daniel Sterenberg renunciou aos cargos de CEO e presidente do conselho de administração da companhia.

O jornal também relata que, em dezembro, a varejista entrou, na Justiça, com uma ação renovatória contra o Pátio Higienópolis, shopping center localizado num bairro nobre de São Paulo. Na ação, a Tok&Stok contesta o valor cobrado pelo shopping para renovar o contrato de aluguel. Segundo a Folha, o valor declarado na ação é de R$ 2,4 milhões.

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Tok&Stok x Vinci Logística (VILG11): Entenda o caso

Em 15 de fevereiro, a Vinci Logística comunicou aos cotistas que ajuizou uma ação de despejo contra a Tok&Stok por falta de pagamento. Segundo o fundo, a empresa Estok Comércio e Representações não pagou o aluguel com vencimento este mês.

A inadimplência trata-se da locação do empreendimento “Extrema Business Park I”, em Extrema, no sul de Minas Gerais. O VILG11 explica que o imóvel está locado exclusivamente para a Tok&Stok e o aluguel devido representa cerca de 14% das receitas totais do fundo e cerca de 11% da área bruta locável (ABL) total por ele detida.

A notícia engrossa a lista de varejistas que enfrentam problemas de caixa no começo deste ano. Também nesta semana, o fundo imobiliário Brasil Varejo (BVAR11) informou que a varejista de moda feminina Marisa (AMAR3) não pagou o aluguel de fevereiro e será acionada na Justiça.

A recuperação judicial da Americanas (AMER3) e a falência da Livraria Cultura completam a lista dos casos mais ruidosos de quebradeira do varejo nas primeiras semanas de 2023.