Títulos prefixados caem a mínima em 18 meses com salto nas taxas de juros de mercado
Os títulos de renda fixa tinham forte queda no preço nesta quinta-feira, com o valor dos prefixados descendo a uma mínima em um ano e meio, reflexo de uma onda tomadora de taxa que está nocauteando contratos de juros desde a B3 até os mercados secundário e primário de papel.
Os DIs chegaram a subir 60 pontos-base mais cedo, o que golpeou em cheio os preços dos títulos.
O IRF-M 1+ –índice da Anbima que acompanha a evolução de preços de uma carteira teórica de títulos prefixados com prazo igual ou superior a um ano– caía 0,9% no começo da tarde, para uma mínima desde abril do ano passado –período em que os mercados ainda sentiam o baque inicial da pandemia de Covid-19.
O índice IMA-B 5+ –que segue preços de títulos corrigidos pela inflação com vencimento igual ou superior a cinco anos– perdia 0,81%, para a menor leitura em um ano.
O Tesouro Nacional fez colocação de pré e pós-fixados em leilão nesta quinta, mas concentrou a oferta em LFTs (corrigidas pela taxa Selic), o que derrubou o PVBP (uma medida de colocação de risco no mercado) a mínimas vistas pela última vez em setembro.
No mercado secundário, a LTN com vencimento em janeiro de 2022 sofria a maior queda em seis semanas, e o papel para janeiro de 2026 cedia 1,4% (queda bastante expressiva para um título público), indo ao menor patamar desde maio do ano passado.
Os títulos brasileiros emitidos no exterior também caíam. O Global 28 emitido em 2017 tinha baixa de 0,3%, para o menor patamar desde também maio de 2020. No acumulado de 2021, a queda no preço é de 7,5%.