Tite: Confira 8 lições de liderança do técnico da seleção brasileira
Você provavelmente conhece Adenor Leonardo Bachi, ou melhor, o Tite. Técnico da seleção brasileira de futebol desde de 2016, o treinador se destaca como um exemplo de liderança dentro e fora dos campos.
Ex-jogador e hoje comandante da seleção masculina, Tite passou por alguns clubes antes de chegar no time verde e amarelo. Teve três passagens pelo Corinthians e conquistou títulos importantes pelo clube, como a Copa Libertadores da América e o Mundial de Clubes em 2012.
Com uma trajetória premiada, o técnico traz algumas filosofias, princípios e fundamentos que se interligam com os de um líder, seja no campo de futebol ou em uma empresa, como definiu o analista comportamental e coach diretor de esportes da Associação Brasileira dos Profissionais de Coaching (ABRAPCOACHING) de Minas Gerais, Warley Reis.
Reis identifica que as conquistas de Tite são consequência de uma estrutura bem feita. Veja quais são, segundo o coach, as principais lições sobre carreira que podemos aprender com o treinador.
1.Seja autentico: ponto fundamental para o aspecto de liderança de Tite é sua autenticidade. “Acreditar em seu ponto de vista, em valores, isso traz para seus liderados autenticidade, algo que é fundamental para liderança. Isso faz com ele tenha respeito dos seus liderados”, diz Reis.
2. Comunicação: ele aplica a liderança transformacional. “Não é uma liderança impositiva, ele estabelece um processo de diálogo. Ele passa isso com maestria. Os jogadores falam que ele conversa com cada jogador, busca a individualidade, ‘faz do um, o todo'”, afirma o especialista.
3. Buscar a melhor equipe: seus princípios e valores também se estendem na hora de montar uma equipe. “Ele começa montando uma equipe com alta qualidade. Ele reúne os melhores preparadores, analistas, ele forma um corpo técnico que junto dele vão se comunicar. Ele não abre mão do seu pensamento, da sua filosofia, ele é um homem de credibilidade e sabe delegar, discutir, colocar na mesa o que se sabe, compartilhando e somando o conhecimento”, conclui.
4. Metas reais: traçar metas que são factíveis também é uma estratégia do técnico. “A abertura para o diálogo, para saber se os jogadores dão conta de atingir a meta. É também ver algo que eles não conseguem observar de forma a aproveitar ao máximo suas potencialidades”, sintetiza.
5. Meritocracia positiva: o treinador utiliza números e visão analítica para compor sua equipe e isso é um diferencial, segundo Reis. Além disso, Tite faz uma análise comportamental e cada dado é registrado, mensurado e as estatísticas são cruzadas. Com isso, ele traz novos nomes, até mesmo poucos conhecidos pela torcida brasileira.
6. Respeitar as diferenças: “ele conhece cada jogador em suas particularidades”, afirma. Reis identifica que através da observação, o técnico chega junto do atleta para dar feedbacks e tenta resgatar no treinamento a mentalidade do jogo.
7. Cuidar do emocional da sua equipe: Além do aspecto físico, tático e técnico, existe um ponto fundamental que é o emocional. “Hoje, mais do que nunca, tem que ser colocado. Muitas vezes, ele precisa se sobrepor ao aspecto técnico. Tite cobra e cobra muito, mas ele cobra de forma educativa, sem a exposição do indivíduo, mas no seu caráter educativo”, diz.
8. Formação de novos líderes: ele divide as responsabilidades. “Com o revezamento de capitães nas partidas, ele dá oportunidade de cada atleta desenvolver dentro de si o senso de comando, para que aprendam a serem líderes”.
De todos aspectos de liderança que Tite demonstra, Reis vê o comportamento dele e suas atitudes como principais: “sejamos exemplo enquanto líderes, é preciso falar, mas é preciso fazer. Tite é um homem que vai ficar marcado, porque ele exemplifica”, finaliza o analista.