‘Tinhoso’, ‘lacaio’ e outros adjetivos: Campos Neto sofre pressão pré-Copom
O clima não está bom para o presidente do Banco Central. A menos de uma semana da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), vai decidir sobre a taxa básica de juros, atualmente em 13,75%, a pressão só aumenta para Roberto Campos Neto.
No início do mês, o presidente Lula afirmou que o chefe do BC é “teimoso e tinhoso” por não abaixar os juros. Depois foi a vez de uma nota oficial do PT (Partidos dos Trabalhadores), que na última sexta-feira (21) afirmou que Campos Neto é um “lacaio do sistema financeiro” e “capacho do capital”.
O partido também comparou a atuação dele à frente do BC a algo “tão grave quanto a tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro”. O presidente do BC também deve ir a uma sabatina no Senado.
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Expectativa é por começo de corte
A expectativa do mercado para a próximo reunião do Copom, que acontecerá na semana que vem (1 e 2 de agosto), é de um corte de 50 pontos-base, para 13,25%. Na quarta-feira (26), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a manutenção da taxa pelo BC seria uma ‘surpresa para o mundo’.
A última alfinetada contra o chefe do BC veio nesta quinta-feira (27), com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmando que o BC tem um comportamento ‘inadequado’ e ‘esquizofrênico’.
Marinho também afirmou que o Senado teria que “contratar um psiquiatra para Campos Neto” se a Selic não cair.
Se o Copom não reduzir a taxa Selic como o esperado, é provável que o clima esquente entre BC e governo.