TIM (TIMS3) salta após balanço do 2T24; analistas veem ação como porto seguro e boa pagadora de dividendos
A TIM (TIMS3) divulgou seu balanço referente ao segundo trimestre de 2024 na noite de terça-feira (30). Em reação, as ações performam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) no pregão desta quarta-feira (31).
A companhia registrou lucro líquido normalizado de R$ 781 milhões no segundo trimestre deste ano, um avanço de 22,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado da companhia somouR$ 3,15 bilhões, 8,2% acima do registrado no trimestre de abril a junho de 2023, com margem Ebitda normalizada de 50%, contra 49,7% um ano antes.
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A TIM Brasil, controlada pela Telecom Italia, registrou receita líquida normalizada de R$ 6,3 bilhões no período, 7,5% superior ao registrado um ano antes, com crescimento nos principais segmentos. A receita do serviço móvel, principal negócio da TIM, avançou 7,3% na relação ano a ano, alavancada pelo pós-pago, enquanto a receita de serviço fixo registrou alta de 4,5% na mesma comparação.
Na avaliação do BTG Pactual, a companhia reportou bons números e é uma empresa excelente para os investidores que buscam um “porto seguro”.
“A TIM está sendo negociada a 13,2x P/L para 2024E, com um prêmio em relação às empresas de telecomunicações integradas globais (11,4x). O yield para 2024E é de 9%, acima das empresas de telecomunicação dos EUA (6%) e da Vivo (8,4%)”.
O guidance da TIM aponta para uma remuneração total aos acionistas de R$ 12 bilhões entre 2024-2026, estimam os analistas do banco, resultando em um yield de 30% no período.
“Os dividendos aumentando consistentemente a cada ano, oferecem um bom suporte para a ação, e acreditamos que a TIM é uma ótima opção para investidores que buscam uma posição defensiva, oferecendo um excelente retorno”.
Lucro líquido da TIM superou o consenso
O Goldman Sachs e a XP Investimentos destacam que o lucro da telecom superou as estimativas do consenso, cerca de 10% acima.
Com os demais números em linha, o Goldman tem classificação neutra para TIMS3, com preço-alvo de R$ 18, baseado em uma combinação ponderada igualmente de um FCFF (Fluxo de caixa livre para a empresa) DCF (demonstração de fluxo de caixa) e um EV/Ebtida de base múltipla avaliação.
Já a XP tem a TIM como top pick em sua cobertura no setor de telecom e reitera a recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 24.
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Para os analistas da casa, os resultados em linha com as estimativas refletem o estado favorável do setor após a consolidação e a surpresa positiva de superar as estimativas de lucro líquido, por conta de despesas financeiras melhores do que o esperado.
“Além disso, negociando a 9,1x P/L e 3,4x EV/Ebtida 2025e, um desconto em relação aos patamares históricos, seguimos construtivos com a tese de investimento e a capacidade de continuar repassando a inflação nos próximos resultados”.
*Com informações da Reuters