Tim, Vivo e Oi: veja o que esperar dos resultados para o terceiro trimestre
As teles devem apresentar cifras mais sólidas no resultado do terceiro trimestre, aponta a Ágora em relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (26).
Segundo os analistas Fred Mendes e Flávia Meireles, a reabertura econômica puxará os números do segmento móvel, principalmente no pré-pago, em função da recuperação do nível de recargas e da base de assinantes.
Além disso, para a dupla, a melhora virá, principalmente, da contenção de custos, o que deverá impulsionar as margens em 0,69 ponto percentual, 1,03 ponto percentual e 4,87 pontos percentuais para Vivo (VIVT4), Tim (TIMP3) e Oi (OIBR3;OIBR4), respectivamente.
Bom ponto de entrada
Os analistas salientam ainda que tanto a Tim quanto a Vivo têm apresentado desempenho inferior ao Ibovespa (IBOV) em 6% e 13% no acumulado do ano, “e tendo em vista o valuation descontado e o potencial de valorização, em relação ao nosso preço-alvo, de 40% e 45%, respectivamente, indica um ponto de entrada atraente”, afirmaram.
A corretora reafirmou a recomendação de compra da Oi como principal escolha no setor e preço-alvo de R$ 3,10.
Sob pressão
Os resultados da Vivo devem continuar pressionados no terceiro trimestre, com a receita diminuindo 3,9% em base anual, puxado pela redução de 6,5% nos serviços fixos.
A corretora calcula ainda uma queda de 2,30% no Ebitda, que mede o resultado operacional. Já o lucro líquido deverá crescer 46,40%.
Resultado sólido
No caso da Tim, a melhora na recarga de pré-pago, que disparou com a retomada econômica e os ajustes da inflação, podem levar os serviços móveis a cair 1,1% em base anual (no segundo semestre, essa queda foi de 4,1%).
“Isso, junto com o crescimento de 28% em base anual da TIM Live, deve aliviar a pressão de receita da empresa e resultar em uma contração de 1,7% em base anual”, afirmaram.
A previsão é de que o Ebitda cresça 0,4%, influenciado pelas medidas governamentais de contenção de despesas e férias coletivas de funcionários.
No caminho certo
Para Oi, que está em processo de recuperação judicial, a Ágora espera números fortes , com uma melhora de 3,7% na receita móvel e 4,4% na receita com banda larga na comparação trimestral.
“Esperamos que as adições líquidas médias mensais de FTTH (rede de fibra ótica) atinjam 150 mil, ante 110 mil no segundo trimestre, e que a taxa de absorção atinja 21,8%, o que, em nossa opinião, pode levar a uma revisão do preço-alvo para 2021 e, consequentemente, para o valor deste negócio”, pontuam.
Em relação ao Ebitda, é esperado um salto de 9,9% no indicador.
Oi, Tim e Vivo divulgam seus resultados nos dias 27, 03 de novembro e 12 de novembro, respectivamente.