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Tim (TIMS3) ou Vivo (VIVT3): Qual é melhor após a compra da rede móvel da Oi (OIBR3)?

10 fev 2022, 13:59 - atualizado em 10 fev 2022, 14:23
OI OIBR3 OIBR4
Venda da Oi (OIBR3; OIBR4): Tim deve sair na frente após a operação (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

O banco Safra revisou para cima seus preços-alvo para Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3), após a aprovação da venda da rede móvel da Oi (OIBR3OIBR4).

Na quarta-feira (9), o Cade concedeu a venda do ativo para Tim, Claro e Vivo, em uma votação apertada.

Após a aprovação, o Safra elevou o preço-alvo da Tim para R$ 20,8 por ação — antes R$ 18 —, e o da Vivo para R$ 59 por ação — antes R$ 57 —, incorporando aos valores o negócio e as potenciais sinergias das aquisições.

O banco ainda reitera a recomendação de compra para ambas as empresas do mercado móvel.

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A compra da Oi é positiva?

Para o Safra, a aprovação do negócio é “muito positiva” tanto para a Tim quanto para a Vivo. O banco destaca que a Tim se beneficiará mais da consolidação, pois incorporará 40% da base de clientes da Oi — enquanto a Vivo fica com 29% — bem como 54% do espectro total.

Na visão do Safra, a necessidade de vender os ERBs antes da conclusão não deve alterar materialmente a potencial sinergia do negócio.

“As empresas devem absorver a base móvel da Oi dentro dos próximos 2 trimestres, tendo como principais benefícios o aumento de receita e diluição de custos sinergias, no segundo semestre de 2022, com impacto total nos resultados de 2023”, afirma o banco.

O que muda para Tim e Vivo?

No caso da Tim, o Safra espera um aumento de R$ 2,7 bilhões nas receitas de serviço móvel para 2023 — crescimento de 15% em relação aos números anteriores —, e uma alta do ebitda de R$ 1,8 bilhão — 18,7% maior.

Por outro lado, o banco indica que a empresa deve pagar cerca de R$ 7,3 bilhões pela operação, e cerca de R$ 2 bilhões em obrigações de arrendamento dos sites móveis.

“Vale ressaltar que além do aumento do ebitda, o fluxo de caixa livre operacional pode crescer ainda mais, cerca de R$ 1,4 bilhão em 2023, considerando que os celulares dos clientes da Oi devem usar a capacidade instalada da Tim, exigindo, portanto, Capex”, reitera o Safra.

Já em relação à Vivo, o impacto da aquisição de parte dos ativos móveis da Oi deve ser menos relevante devido ao fato da companhia ter cerca de 60% de seus resultados de operações móveis e por estar adquirindo uma participação menor no capital da operação.

O Safra acredita que as receitas de serviços móveis para 2023 vão crescer 7%, ou R$ 2,2 bilhões, enquanto o ebitda deve aumentar cerca de R$1,3 bilhão — alta de 6% do ebitda consolidado da Vivo.

Além disso, espera-se que a Telefônica Brasil pague cerca de R$ 5,5 bilhões pela operação móvel da Oi e assuma cerca de R$ 1 bilhão em obrigações de leasing.

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