Tim (TIMS3) ou Telefônica (VIVT3)? Bradesco BBI e BTG Pactual dizem em qual ação investir

O Bradesco BBI e o BTG Pactual revisaram as estimativas para o setor de telecomunicações, com destaque para TIM e Vivo (Foto: Divulgação/Montagem Money Times)

O setor de telecomunicações, considerado defensivo na bolsa brasileira, também é um dos alvos de revisões dos bancos no início deste ano — com destaque para duas empresas: Telefônica Brasil (VIVT3), que é dona da Vivo, e a TIM (TIMS3). 

O Bradesco BBI, por exemplo, revisou para baixo os preços-alvos de todas as empresas do setor, refletindo o aumento nas taxas de juros reais livres de risco, que agora estão estimadas em 7,50%, segundo a projeção do banco para o custo de capital próprio das empresas.

No caso de Vivo e TIM, a recomendação de compra para as ações foi mantida. 

Segundo os analistas, as empresas possuem uma combinação “favorável” de receita resiliente com baixa sensibilidade ao Produto Interno Bruto (PIB), forte crescimento do fluxo de caixa, altos rendimentos de dividendos e balanços desalavancados. 

Já o BTG Pactual afirma que o principal risco relacionado ao investimento em telecomunicações está no cenário competitivo. 

Os analistas avaliam que o “mercado seguirá atentamente se, em 2025, as empresas conseguirão continuar a elevar os preços, especialmente com a inflação projetada para atingir o pico e com as operações da NuCel ganhando tração”. 

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Vivo x TIM: quem leva a melhor? 

Para o Bradesco BBI, a Telefônica Vivo (VIVT3) segue como a principal escolha do setor, também chamada de top pick. 

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A recomendação é de compra para VIVT3, com preço-alvo de R$ 60 — o que representa um potencial de valorização de % sobre o preço de fechamento da última segunda-feira (13).

O banco espera um “sólido” crescimento da receita, de cerca de 6,4% em 2025, e uma rendimento de dividendo (dividend yield) de até 10%. 

Os analistas também consideram que a dona da Vivo tem uma menor exposição ao segmento pré-pago e menor risco associado à NuCel — iniciativa do Nubank no segmento de telecomunicações, que foi lançada em outubro do ano passado. 

O BTG Pactual, por sua vez, vê a Vivo mais bem-posicionada para superar as expectativas. 

“A Vivo apresenta um dividend yield inicialmente menor (próximo de 10%), mas pode ser impulsionado pela migração da concessão, o que pode ser um gatilho positivo mais cedo do que o esperado”, diz o relatório. 

Os analistas também afirmam que a reversão de algumas provisões regulatórias já no quatro trimestre de 2024 não seria uma surpresa. Eles estimam que cerca de R$1 bilhão em provisões regulatórias pode ser revertido com a conclusão do processo. 

“Este forte retorno de caixa aos acionistas deve sustentar ambos os papéis, posicionando-os como uma tese de investimento atrativa para navegar em tempos de incerteza”, afirma o banco. 

Já a TIM (TIMS3), que também tem recomendação de compra, deve apresentar o menor crescimento entre as grandes empresas devido à alta exposição a clientes pré-pagos. 

Nas contas do BTG, a operadora deve retornar R$6,1 bilhões aos acionistas nos próximos 15 meses, o que representa 18% de seu valor de mercado. Do total, R$2,1 bilhões já devem ser anunciados em abril, com um rendimento (yield) de 6% em três meses.