TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) devem mostrar bons resultados no 3T22, mas só uma ação vale compra; veja qual
Analistas da XP Investimentos têm previsões positivas para as empresas de telecomunicações brasileiras nessa nova temporada de resultados.
TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) devem apresentar mais um trimestre de resultados sólidos, refletindo um cenário competitivo mais racional em meio à consolidação do mercado com a aquisição da Oi Móvel, de acordo com a XP.
Em relatório, a XP afirma que ambas as empresas estão conseguindo fazer aumentos de preços ao mesmo tempo que mantêm o churn (rotatividade ou taxa de rotatividade) sob controle.
No entanto, a corretora recomenda a compra de TIMS3, ao passo que se mantém neutra em relação à VIVT3.
Para o BTG Pactual, a expectativa é de bons resultados para a TIM, enquanto a Vivo deve apresentar algo “decente”.
TIM na boa
Na avaliação da XP, a dinâmica do terceiro trimestre deverá ser parecida com a do segundo, com a TIM seguindo a trajetória de crescimento de receita de serviços móveis do tipo standalone no patamar de dois dígitos.
A corretora lembra que a tele realizou alguns aumentos de preço em maio e deverá ter a contribuição cheia desse reajuste no trimestre, apesar do churn ligeiramente maior e de maiores descontos para retenção.
Há também o impacto positivo da redução da alíquota de ICMS no segmento pré-pago, que, segundo a XP, deve contribuir em aproximadamente 1,1 ponto percentual no crescimento da receita total e em 50 pontos-base da margem Ebitda, que deverá expandir 120 pontos-base no trimestre, atingindo 47,5%.
Vivo com saldo positivo
Para a XP, a Vivo deverá reportar resultados financeiros sólidos no terceiro trimestre, refletindo a continuidade de bons resultados operacionais.
“A companhia continua entregando um saldo positivo de adições líquidas no pós-pago refletindo sua estratégia assertiva de migração de pré-controle e com saldo positivo da portabilidade”, dizem analistas da corretora.
Semelhante ao caso da TIM, a Vivo deve se beneficiar de reajustes de preços e com a queda da alíquota do ICMS.
A XP espera, assim, um crescimento de 11,7% na receita líquida consolidada (15,2% receita líquida de serviço móvel e 2% na receita líquida fixa). A margem deve contrair no comparativo anual, refletindo a inflação no período e maior relevância de serviços B2B.
Situação de Brisanet, Unifique e Desktop
A XP também comentou sobre as provedoras de serviços de internet, que devem ter seu desempenho ofuscado pelas grandes teles.
A corretora diz que Brisanet (BRIT3), Unifique (FIQE3) e Desktop (DESK3) enfrentam um cenário macroeconômico desafiador, além de uma competição mais acirrada, com impacto negativo nas adições líquidas.
Dentre as três, Brisanet deve ser o destaque positivo do trimestre, avalia. Já a Unifique, pelos números operacionais de julho e agosto divulgados pela Anatel, mostrou fraco ritmo de adições líquidas orgânicas.
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