Comprar ou vender?

Tim quer a Oi em 2020 e um acordo de cavalheiros com a Vivo

19 abr 2020, 0:34 - atualizado em 19 abr 2020, 0:34
Oi
A aquisição da Oi, em conjunto com a Vivo, é esperada para acontecer ainda em 2020 (Imagem: Gustavo Kahil/ Money Times)

A Tim (TIMP3) não vê motivos para mudar os seus planos de aquisição da Oi (OIBR3; OIBR4) por conta da crise do coronavírus. Em uma reunião com analistas do Santander, a administração da subsidiária brasileira da companhia italiana comentou o cenário atual e as mudanças no perfil dos consumidores.

Segundo o relatório assinado pela analista Maria Tereza Azevedo e publicado após o encontro com o CEO, Pietro Labriola, “a administração da TIM não vê um bom motivo para não avançar com a potencial consolidação do setor neste momento”.

Após meses de boatos, em março deste ano a Tim e a Vivo (VIVT4) manifestaram publicamente o interesse em uma negociação conjunta para compra da operação de telefonia celular da Oi.

O negócio provavelmente seria dividido em uma fatia de 70% para a Tim e o restante para a Vivo. Em uma avaliação recente, o Credit Suisse estimou a venda da Oi Móvel em R$ 15 bilhões, ainda em 2020.

“Com um forte balanço patrimonial, o CEO da TIM espera que uma potencial consolidação no mercado envolvendo os ativos da Oi (iniciada em março com o interesse público da TIM/Vivo) provavelmente aconteça em 2020, e ele descarta um cenário de guerra de ofertas”, revela o relatório.

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As atividades pré-pagas caíram 20 a 30% desde o início da crise (Imagem: YouTube/TIM)

Impacto da crise

A Tim avalia que os impactos negativos dependerão da extensão das medidas de isolamento social. A analista do Santander pontua que as atividades pré-pagas caíram 20 a 30% desde o início da crise.

“Quanto ao pós-pago, a administração espera um aumento da inadimplência e rotatividade no terceiro trimestre, bem como uma menor venda de aparelhos. Por outro lado, a demanda de B2B (empresas) e de fibra ótica permanece resiliente”, relata Azevedo.