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TIM deve gastar R$ 3,2 bilhões em leilão 5G, estima Credit Suisse; ações disparam mais de 7%

03 nov 2021, 14:01 - atualizado em 03 nov 2021, 14:02
TIM
O Credit Suisse espera que a TIM ganhe 100 MHz na faixa de radiofrequência de 3,5 GHz, alguns blocos regionais na faixa de 2,3 GHz e um bloco em 26 GHz (Imagem: LinkedIn/TIM Brasil)

Um grande evento está para começar, com impactos positivos para a TIM (TIMS3) e outras operadoras de telecomunicações brasileiras. O leilão da tecnologia 5G vai acontecer nesta quinta-feira (4), e promete ser o maior de radiofrequência da história do Brasil.

Serão ofertadas quatro faixas de radiofrequências: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. A previsão é de que as empresas comecem a oferecer a quinta geração de telefonia móvel até o fim de julho do próximo ano.

O Credit Suisse tem boas perspectivas para o leilão. Na opinião do banco, a preocupação dos investidores sobre a possibilidade de entrada de um novo player no setor de telefonia móvel interessado em construir uma rede neutra completa parece improvável de acontecer.

“Não esperamos nenhum player além das três grandes telecoms (TIM, Vivo [VIVT3] e Claro) para disputar por um bloco nacional”, disse Daniel Federle, em relatório divulgado ontem.

Segundo o banco, os players menores devem disputar apenas os blocos regionais com a finalidade de adicionar valor para seus negócios ou complementar a cobertura de fibra óptica (FTTH – Fiber to the Home, ou Fibra para o Lar traduzido para o português).

O Credit Suisse espera um custo efetivo de R$ 3,2 bilhões para a TIM, que deve ganhar 100 MHz na faixa de radiofrequência de 3,5 GHz, alguns blocos regionais na faixa de 2,3 GHz e um bloco em 26 GHz.

Na mesma onda do Credit Suisse, o Safra vê tendência positiva para a TIM com o leilão de 5G, visto que os investimentos devem aumentar a capacidade e a qualidade dos serviços a um custo mais baixo.

Ativos da Oi

Em uma reunião com investidores locais, a administração da TIM se mostrou confiante de que a aprovação da venda dos ativos móveis da Oi (OIBR3) pode ser aprovada ainda neste ano, mesmo após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedir mais 90 dias para concluir a análise do negócio.

Nesta quarta, a superintendência-geral do Cade recomendou a aprovação da compra da Oi pela TIM, Claro e Vivo, sob condição de assinatura de um acordo que prevê o compartilhamento de redes e o aluguel de espectro de radiofrequência, além de contratos de roaming e oferta de pacotes de voz e dados para operadores virtuais.

Se aprovado o adiamento, o prazo final para a decisão do Cade passará para fevereiro de 2022.

Após a aprovação, as empresas devem focar na integração dos ativos. Com isso, a competição deve ficar mais racional.

O Credit Suisse reiterou a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), uma vez que a consolidação da indústria de telefonia móvel deve trazer uma dinâmica favorável para o setor. Além disso, a ação é negociada com desconto.

O banco reduziu o preço-alvo de R$ 20 para R$ 16. Apesar do corte, o potencial de alta continua atrativo – +39,6% em relação à cotação do fechamento do pregão de segunda, de R$ 11,46.

A TIM figura entre as maiores altas da Bolsa hoje. Por volta das 14h, o papel da operadora de telecomunicações saltava 7,33%, negociado a R$ 12,30. O Ibovespa, por sua vez, registra perdas de 0,4%, a 105.976,59 pontos.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.